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A Terra está passando por um processo contínuo de perda de massa: aproximadamente 50 mil toneladas por ano. O dado, embora chame a atenção, não representa risco para o planeta, segundo cientistas. Em comparação com a massa total da Terra — estimada em 5,972 septilhões de quilos —, a redução é considerada insignificante.

O fenômeno é explicado por três fatores principais. O primeiro é a fuga de gases na alta atmosfera. Elementos extremamente leves, como hidrogênio e hélio, podem atingir velocidade suficiente para escapar da gravidade terrestre e se perder no espaço. Só esse processo é responsável por cerca de 95 mil toneladas de perda anual.

Outro fator é o decaimento radioativo, que ocorre no núcleo do planeta. Nesse processo, parte da matéria é convertida em energia, seguindo a equação de Albert Einstein (E=mc²), e irradia para o espaço. A contribuição é pequena, mas constante. Também entram nessa conta os lançamentos espaciais: foguetes, satélites e sondas enviados para fora da Terra levam consigo uma parcela mínima da massa terrestre.

A balança, no entanto, não pende apenas para o lado da perda. Todos os anos, cerca de 40 mil toneladas de poeira cósmica atingem a Terra. Trata-se de material proveniente do espaço, principalmente micrometeoritos e partículas deixadas desde a formação do Sistema Solar.

Mesmo com esse acréscimo, o saldo final é negativo: aproximadamente 50 mil toneladas a menos por ano. Para efeito de comparação, especialistas lembram que seriam necessários trilhões de anos para que a Terra perdesse apenas 0,001% da sua massa.

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