Terceiro turno de hemodiálise na Santa Casa deve retirar 70 pacientes da fila em Goiânia
15 dezembro 2025 às 15h58

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A abertura do terceiro turno de hemodiálise na Santa Casa de Misericórdia de Goiânia permitirá que 70 pacientes iniciem o tratamento, reduzindo de forma significativa a fila de espera na capital.
Até a semana passada, segundo dados repassados à instituição, 82 pessoas aguardavam por uma vaga no serviço, considerado essencial e contínuo para pacientes com doença renal crônica. O novo turno começa a funcionar nesta segunda-feira, 15.
A cerimônia de abertura está prevista para as 17h e deve contar com a presença do arcebispo metropolitano de Goiânia, Dom João Justino, e do prefeito Sandro Mabel (UB).
Em entrevista ao Jornal Opção, a superintendente-geral da Santa Casa, Irani Ribeiro, afirmou que o impacto imediato da medida é a absorção da maior parte da demanda reprimida.
“Fomos informados que havia 82 pacientes na fila aguardando hemodiálise. Com esse terceiro turno, vamos absorver 70 pacientes, o que representa cerca de 85% dessa fila”, disse. Segundo Irani, a decisão de ampliar o atendimento partiu da própria instituição, que atualmente opera como hospital filantrópico e mantém 34 máquinas de hemodiálise.
“Nós funcionamos em dois turnos e, quando vimos essa situação, avaliamos que era possível abrir um terceiro turno. Para isso, tivemos que contratar pessoal e adquirir mais material, o que aumenta os custos, mas não podíamos deixar essas pessoas esperando”, afirmou.
De acordo com a superintendente, parte dos pacientes já começou a ser atendida. “Desses 70, cerca de 20 a 25 pacientes já chegaram. À medida que surgirem vagas, vamos chamando os demais”, explicou.
Com a ampliação, a Santa Casa passará a realizar aproximadamente 980 sessões adicionais de hemodiálise por mês. “Somando os três turnos, chegaremos a cerca de 2.200 sessões mensais”, acrescentou.
Irani Ribeiro também destacou que o atendimento não se restringe apenas a moradores de Goiânia. “Atendemos pacientes de outros municípios e até de estados como Bahia e Tocantins”, disse.
Sobre o risco de a fila voltar a crescer, Irani avaliou que a tendência é de aumento da demanda. “As doenças renais crônicas estão crescendo a cada dia, então a tendência é essa fila aumentar. A Santa Casa está oferecendo sua capacidade máxima”, afirmou.
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