Técnico do Atlético-GO não apresentava problemas de saúde ou depressão, diz diretoria
16 janeiro 2017 às 16h53

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Clube já realizou buscas no IML da capital e em unidades de saúde, mas sem sucesso

O clima no centro de treinamento do Atlético-GO, na tarde desta segunda-feira (16/1), no Setor Urias Magalhães, na capital, é de incredulidade e tristeza devido ao desaparecimento do técnico Marcelo Cabral. Emocionado, o diretor Adilson Batista disse à imprensa que não há ainda nenhuma pista sobre o paradeiro do funcionário, desaparecido desde a madrugada de domingo (15).
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Adilson conta que o departamento jurídico do clube já fez buscas no Instituto Médico Legal (IML) da capital e em unidades de saúde, mas sem sucesso. “O clube teve conhecimento do sumiço dele ainda hoje. Estamos muito preocupados com a família e peço desculpas pelo meu estado, pois estou emocionado. Apenas esperamos que tudo aconteça da melhor forma possível”, disse.
Segundo pessoas próximas a Marcelo, após um amistoso do clube na noite de sábado (14), o técnico foi a uma confraternização de amigos e, então, voltou para casa. “Ele nem chegou a estacionar na garagem do prédio, subiu em seu apartamento e, meia hora depois, saiu novamente em seu carro sozinho, sem celular ou carteira”, contou o tenente-coronel Wellington Urzêda, que também é conselheiro do time.
O técnico teria levado com ele apenas um cartão de débito. Conforme apurado, entretanto, não houve saques da conta bancária de Marcelo. No aparelho celular, o último contato foi de familiares por volta das 2h30. “Ele disse que estava bem, apenas cansado, e que ia dormir”, reforçou.
“Marcelo Cabo é uma pessoa excepcional, muito discreto, não anda à noite, e não apresenta nenhum histórico de problemas de saúde. Também não apresenta quadros de depressão e isso nos intriga. Esperamos o melhor, que, talvez, ele tenha tido um mau súbito, passado mal e sido encaminhado a algum Cais da capital”, comentou o tenente-coronel.
Marcelo Cabo tem esposa e três filhos. A família mora no Rio de Janeiro, mas deve desembarcar em Goiânia para acompanhar as investigações. O caso foi apresentado à polícia da capital no início desta tarde pela diretoria do Atlético-GO e está sob responsabilidade do delegado Valdemar Branco.