TCU cobra explicações de licitação para refeições de luxo no STF
02 maio 2019 às 20h13

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Kajuru quer detalhamento dos contratos alimentícios e etílicos. “É um absurdo completo”

O subprocurdor-geral do Ministério Público (MP) junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) pediu, em ação, para o Supremo Tribunal Federal (STF) explicar os motivos que o levou a fazer uma licitação de R$ 1,3 milhão para comprar medalhões de lagosta e vinhos importados para as refeições da corte. Além disso, o TCU pede, por medida cautelar, a suspensão da licitação.
Segundo Furtado, “os requintados itens que compõem as tais ‘refeições institucionais’, previstas no Pregão Eletrônico 27/2019, contrastam com a escassez e a simplicidade dos gêneros alimentícios acessíveis – ou nem isso – à grande parte da população brasileira que ainda sofre com a grave crise econômica que se abateu sobre o país há alguns anos”.
Justiça
Além disso, é solicitada a apuração de possíveis irregularidades nos atos da administração do STF. Para o senador goiano, Jorge Kajuru (PSB), “é um absurdo completo”. O parlamentar pede explicações detalhadas sobre esses contratos alimentícios e etílicos.
Vale destacar que a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) entrou com ação popular contra o supremo por esse motivo. “É inaceitável que a Côrte suprema deste país tome mais uma inconsequente e irresponsável atitude contra a inteligência dos brasileiros e contra a nação”.
Licitação
Na licitação, estão inclusos o café da manhã, “brunch”, almoço, jantar e coquetel. Os pratos que compõe o cardápio são: bobó de camarão, camarão à baiana, medalhões de lagosta, entre outros.
Os vinhos espeficiados são: ser tannat ou assemblage. Devem ser, ainda, de safra de 2010 ou posterior e com, pelo menos, quatro premiações internacionais.