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O ativista conservador Charlie Kirk, de 31 anos, foi assassinado na quarta-feira, 10, enquanto discursava em um evento da Turning Point USA na Utah Valley University, nos Estados Unidos. Ele foi atingido por um tiro no pescoço disparado de um telhado a cerca de 200 metros de distância. O crime ocorreu enquanto Kirk respondia a perguntas de estudantes sobre segurança e tiroteios em universidades.

Na manhã desta sexta-feira, 12, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que um suspeito havia sido detido. Identificado por fontes do FBI como Tyler Robinson, de 22 anos, ele se entregou voluntariamente após ser reconhecido por um pastor local, que também é policial, e convencido pelo próprio pai a se apresentar à polícia.

O FBI mobilizou uma ampla operação de busca desde o dia do crime, entrevistando mais de 200 pessoas e analisando mais de 7 mil pistas. Uma recompensa de US$ 100 mil foi oferecida por informações que levassem à captura do atirador. A arma utilizada, um fuzil de alta potência, foi localizada em uma área arborizada que teria sido a rota de fuga do suspeito.

Charlie Kirk era uma das principais figuras do movimento conservador nos EUA, fundador da Turning Point USA, organização voltada a engajar jovens em ideias políticas de direita. Com forte presença em redes sociais, ele era aliado próximo de Donald Trump e considerado responsável por ampliar a influência do ex-presidente entre eleitores jovens.

O assassinato chocou o país e gerou ampla repercussão política. Trump, que anunciou oficialmente a morte de Kirk, afirmou que pretende que o suspeito receba pena de morte. O presidente norte-americano também informou que comparecerá ao funeral do ativista e que concederá a Kirk a Medalha Presidencial da Liberdade, a mais alta honraria civil dos Estados Unidos.

Nos últimos anos, a violência política nos EUA tem aumentado, com casos de ataques a políticos e aliados, incluindo tentativas de assassinato contra Trump durante a campanha eleitoral de 2024. Kirk, pai de dois filhos e defensor de valores conservadores e cristãos, era conhecido por promover debates em universidades e eventos públicos, levando suas ideias a milhares de jovens americanos.

O crime ocorre em um contexto de polarização crescente, mas recebeu condenação de diversos setores, sendo considerado uma demonstração do risco à segurança de figuras públicas envolvidas em debates políticos.

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