Membros da Segurança Pública dizem ter sido enganados por Casa Civil e Economia e organizam protestos em Brasília

O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzzoni, fala à imprensa após reunião para detalhar a reforma da Previdência a governadores. | Foto: Reprodução

O governo Jair Bolsonaro (PSL) procura uma saída jurídica para a questão das carreiras de policiais e segurança pública que ficaram fora das mudanças na reforma da Previdência. O objetivo do Planalto é garantir a aprovação do texto na quarta-feira, 10. De acordo com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, há uma margem de 330 votos para aprovar a proposta sem “desidratação” da economia de R$ 987 bilhões no plenário. A votação, disse, deve começar na terça-feira, 9.

Ele sinalizou neste domingo, 7, que o texto aprovado na Comissão Especial já contempla os pedidos por integralidade (aposentadoria pelo último salário) e paridade (reajuste dos aposentados igual aos dos servidores da ativa) dos policiais. Segundo Onyx, os técnicos e advogados do governo estão fazendo avaliações detalhadas dos pontos demandados pelos policiais.

No entanto, policiais, entre eles agentes das Polícias Federal, Rodoviária Federal, Legislativa e Civil, não concordam com Onyx e prometem ampliar as manifestações para aprovar as mudanças. Caravanas de todo o País são esperadas em Brasília esta semana.

“A grande verdade é que as forças policiais foram enganadas tanto na Casa Civil como no Ministério da Economia”, disse André Gutierrez, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Policiais Civis.

“Tivemos uma reunião com o presidente quando ele determinou que sua líder no Congresso (Joice Hasselmann/PSL) colocasse nossa emenda no relatório”, disse. Depois de trabalhar pela derrubada da emenda na Comissão Especial, a líder se transformou em alvo principal das críticas dos policiais.

Cálculos feitos pela Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais mostram que a emenda pedida por eles reduz em R$ 2,049 bilhões a economia da reforma em dez anos. Para a equipe econômica,impacto é maior. (Com informações do Estado de S. Paulo)