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No entanto, o presidente explica que a grande questão é a medida solucionar o problema que a motivou: as aglomerações no sistema de transporte público

Goiânia| Fernando Leite / Jornal Opção

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista no Estado de Goiás (Sindilojas-GO), Eduardo Gomes dos Santos, fez uma avaliação do decreto publicado nesta segunda-feira, 18, que torna obrigatório o escalonamento de horários no comércio em Goiânia.

Para ele, o escalonamento é positivo e pode tornar-se inclusive permanente a exemplo de outros estados. No entanto, faz uma única ponderação em relação ao horário de abertura das casas de produtos agropecuários e veterinários.

“É um segmento que atende a muitas pessoas que saem de suas fazendas bem cedo e tem o costume de fazer suas compras logo no horário de abertura deste segmento. Já nos demais não há problema algum. Não existe necessidade de comprar um sapato às 8h, por exemplo, então é até interessante abrir às 9h e ir até mais tarde”, avalia Eduardo.

No entanto, o presidente do Sindilojas-GO explica que a grande questão é a medida solucionar o problema que a motivou: as aglomerações no sistema de transporte público. “O problema é o decreto funcionar, não vejo como isso dar certo com a diminuição da frota”, pondera.

“Diminuíram as vagas nos ônibus, assim não será possível resolver a situação. Se não aumentar os ônibus, a pessoa que poderia sair de casa mais tarde continuará saindo mais cedo porque ela sabe que se sair mais tarde irá acabar se atrasando”, explica Eduardo.

Sobre a decisão do governador Ronaldo Caiado (DEM) em não restringir mais o decreto estadual, o presidente do Sindilojas-GO destacou um certo alívio. “Foi um alívio que o governador não fizesse um decreto mais rígido, temos que flexibilizar. O comércio não aglomera como filas de bancos”, diz.

“Com cuidado, o comércio não traz riscos. Queremos que flexibilize tudo e quem não seguir as regras tenha o estabelecimento fechado. Acreditamos que os shoppings também possam abrir, mas só as lojas. Sem área de alimentação, sem cinemas e com medidas de segurança. Tratar pela educação é o melhor caminho, não precisa fechar”, conclui Eduardo.