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Mundo Voos

O shutdown mais longo da história dos Estados Unidos chegou nesta sexta-feira, 7, ao 38º dia, provocando um colapso no sistema aéreo do país. A Administração Federal de Aviação (FAA) anunciou a redução de 4% nas operações dos aeroportos, medida que já resultou no cancelamento de centenas de voos por companhias aéreas norte-americanas.

Segundo a FAA, o corte foi adotado para evitar riscos à segurança, já que grande parte dos controladores de tráfego aéreo está trabalhando sem remuneração devido à falta de orçamento federal. “Estamos vendo sinais de sobrecarga no sistema, então reduzimos de forma proativa o número de voos para garantir que os americanos continuem voando com segurança”, declarou o administrador da Aviação Federal, Bryan Bedford, em comunicado do Departamento de Transportes (DOT).

Escalonamento de cortes

A agência informou que novas reduções estão programadas para os próximos dias:

  • 6% das operações a partir de 11 de novembro;
  • 8% a partir de 13 de novembro;
  • 10% a partir de 14 de novembro.

De acordo com Sara Nelson, presidente internacional da Associação de Comissários de Bordo, o impacto atual é “sem precedentes”. “Já enfrentamos paralisações parciais antes, mas nunca em uma escala tão ampla e prolongada”, disse.

Após o aviso do governo Trump de que a FAA emitiria a ordem caso o impasse orçamentário persistisse, companhias aéreas começaram a cancelar voos preventivamente. Cada empresa tem autonomia para definir quais rotas serão suspensas, devendo apenas reembolsar o valor das passagens, sem obrigação de cobrir custos de hospedagem ou alimentação dos passageiros.

Na quinta-feira, 6, 25 relatórios apontaram problemas em unidades de controle de tráfego aéreo, com atrasos entre 30 minutos e 3 horas em diferentes aeroportos do país.

A FAA alertou que, caso o shutdown continue, voos domésticos e internacionais poderão sofrer atrasos severos nas próximas semanas, com reflexos diretos sobre o transporte de cargas e o turismo.

O shutdown, causado pela falta de aprovação do orçamento federal no Congresso norte-americano, mantém milhares de servidores sem salário e já afeta diversos setores, como segurança, saúde e transporte aéreo.

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