Operação da PF cumpre seis mandados de busca e apreensão em Goiânia e Rio verde

Agentes da Polícia Federal estão cumprem seis mandados de busca e apreensão contra servidores do SUS e empresas fornecedoras de próteses. A suspeita é de fraude na compra de materiais para cirurgias custeadas pelo pode público. A ação foi batizada de Operação Disritmia.

Segundo informações da PF, a operação busca por documentos e outras provas que reforcem os indícios de que uma empresa fornecedora de órteses, próteses e materiais especiais (OPMEs), efetuava pagamentos irregulares a médicos e profissionais de saúde com atuação no SUS, para a compra e implantação dos produtos que ela fornecia.

De acordo com o que foi divulgado pela PF, em grande parte dos casos, ficou constatado que a empresa fornecedora de OPMEs e uma outra pessoa jurídica vinculada aos investigados simulavam um contrato de prestação de serviços de consultoria, na tentativa de dar aparência de licitude aos pagamentos realizados aos profissionais de saúde corrompidos.

Durante as investigações, foi localizada uma planilha contendo a descrição de pagamentos (valores, mês de referência, forma de pagamento e dados qualificativos do beneficiário) feitos pela empresa a médicos cardiologistas situados em Goiás, sendo que essa planilha se encontrava armazenada no e-mail do representante da empresa, cujo sigilo foi judicialmente quebrado. Em sequência, foram encontrados e-mails trocados por este representante da empresa com alguns médicos listados na planilha, cujo conteúdo denota o recebimento de valores entre 2012/2015 por pacientes atendidos e nos quais
foram implantados OPMEs da empresa.

Os crimes investigados são os previstos nos artigos 312 (peculato), 317 (corrupção passiva), 299 (uso de documento falso), 288 (associação criminosa) e 333 (corrupção ativa) do Código Penal. A operação foi denominada Disritmia, pois deriva da Operação Arritmia (PF em Santa Catarina) e disritmia trata-se de um problema cardíaco em que pode ser necessário a utilização de OPMEs.