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Ex-presidente da Transpetro afirmou que dinheiro foi utilizado para financiar campanha de Gabriel Chalita (PMDB) à Prefeitura de São Paulo em 2012

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Segundo Machado, Temer tinha pleno conhecimento de esquema de corrupção | Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

O ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, afirmou em delação premiada que pagou propina de R$ 1,5 milhão ao presidente interino Michel Temer (PMDB-SP) para que ele pudesse financiar a campanha de Gabriel Chalita (PMDB-SP) à Prefeitura de São Paulo de 2012. Segundo ele, o dinheiro vinha de contratos com a subsidiária da Petrobras.

Como já vinha fazendo anteriormente, Machado deu detalhes dos repasses. Ele afirmou que a propina de Temer foi obtida junto à empreiteira Queiroz Galvão e entregue em setembro de 2012.

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Machado também afirmou que Temer sabia de onde vinha o dinheiro e que deixou claro para ele que sua função era buscar recursos com as empresas que tinham contrato com a Transpetro. Além dele, outros 20 políticos também teriam recebido propina e também tinham conhecimento do esquema de corrupção.

Constam na lista de Machado políticos de sete partidos. Os do PMDB são Renan Calheiros (PMDB-AL), Jader Barbalho (PMDB-PA), Romero Jucá (PMDB-RR), José Sarney (PMDB-AM), Edison Lobão (PMDB-MA), Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), Garibaldi Alves (PMDB-RN), Walter Alves (PMDB-RN) e Valdir Raupp (PMDB-RO).

Do PT, são citados Cândido Vaccarezza (PT-SP), Luis Sérgio (PT-RJ), Edson Santos (PT-RJ), Ideli Salvatti (PT-SC) e Jorge Bittar (PT-RJ). Ele também mencionou três membros do DEM, um deles atualmente no PSB: José Agripino Maia (DEM-RJ), Felipe Maia (DEM-RN) e Heráclito Fortes (PSB-PI). Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Francisco Dornelles (PP – RJ) e Sergio Guerra (PSDB-PE) completam a lista.