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A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) também foi vítima do alvo de investigação da Polícia Federal em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. A deputada federal Silvye Alves denunciou que o homem, de 31 anos, enviou fotos íntimas e pornográficas para o e-mail dela na Câmara. Em nota enviada ao Jornal Opção, a assessoria de Soraya disse que ela também recebeu mensagens de cunho sexual.

A Operação Assédio foi deflagrada nesta terça-feira, 9, e investiga crimes de violência política de gênero e perseguição (stalking). O mandado de busca e apreensão foi realizado na casa do “suspeito de enviar mensagens de cunho sexual à senadora e a outras mulheres”. De acordo com a assessoria, ao longo do mandato, a senadora e sua família têm sido alvo frequente de crimes dessa natureza, até com ameaças de morte. 

“Isso reflete atitudes sexistas e criminosas contra mulheres em cargos públicos”, afirmou a nota. 

Operação Assédio

Silvye Alves (União Brasil), uma das vítimas, denunciou quando o suspeito enviou fotos íntimas e pornográficas para o e-mail dela na Câmara. O autor dos crimes foi identificado pela Polícia Legislativa há cerca de um mês, um homem de 31 anos que mora em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, onde a PF cumpriu um mandado de busca e apreensão.

Foram determinadas medidas cautelares ao suspeito, que está proibido de acessar a internet, contatar as vítimas e deixar a região metropolitana do Rio de Janeiro sem autorização judicial. Ele deve responder por importunação sexual e compartilhamento de imagens pornográficas. 

O Jornal Opção não conseguiu contatar a defesa dele até a última atualização desta matéria. O espaço continua aberto para manifestação.

Nota na íntegra

“A assessoria da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) informa que a parlamentar não foi comunicada previamente sobre a Operação Stalking, deflagrada nesta segunda-feira (09), pela Polícia Federal, que realizou busca e apreensão na residência de um suspeito de enviar mensagens de cunho sexual à senadora e a outras mulheres, incluindo uma parlamentar. 

A senadora confia plenamente no trabalho investigativo da Polícia Federal e ressalta que, ao longo de seu mandato, tem sido alvo frequente de crimes dessa natureza, incluindo ameaças de morte, e aos seus familiares. Isso reflete atitudes sexistas e criminosas contra mulheres em cargos públicos. 

Soraya destaca, ainda, que o enfrentamento a esses crimes não é responsabilidade apenas dos órgãos de investigação, mas também do Legislativo, que deve aprovar leis mais duras e eficazes. Como exemplo, destaca a Lei do Stalking (Lei nº 14.132/2021), de autoria da senadora Leila Barros, que ampliou as penas para esse tipo de delito.”

Leia também: PF deflagra operação contra perseguição e violência política de gênero; deputada Silvye Alves está entre as vítimas