Semáforos em Goiânia custam até 100% mais que em São Paulo, denuncia vereador
12 setembro 2017 às 18h10

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Presidente da CEI da SMT apresentou pregão da prefeitura paulistana que mostra valores bem inferiores ao do contrato celebrado pela gestão Iris
O vereador Elias Vaz (PSB) questionou o secretário interino de Trânsito, Transporte e Mobilidade (SMT) Fernando Santana, durante reunião da Comissão Especial de Inquérito (CEI) da SMT, o porquê de a Prefeitura de Goiânia não comprar semáforos completos em vez de peças separadas.
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Segundo ele, a CEI fez um levantamento e identificou um pregão da Prefeitura de São Paulo que, em agosto, adquiriu a peça completa por um preço bem inferior ao praticado em Goiânia para apenas uma parte do semáforo. “A diferença chega a quase 100%”, contou ele. Aqui, a prefeitura está adquirindo as colunas separadamente, em um contrato questionado pela mesma comissão.
Isso porque, na sede da empresa que ganhou a licitação, a Sig Comercial Eireli, há uma papelaria. Os vereadores estranharam que esse material estivesse sendo vendido neste tipo de estabelecimento e convocaram o dono da SIg, Izaías Bispo, para prestar esclarecimentos.
Na mesma sessão da CEI, Izaías disse que sua empresa apenas comercializa os produtos e que, conforme forem sendo recebidos os pedidos, ele irá comprar a matéria prima e mandar fazer os postes. No total, o valor do contrato pode chegar a R$ 556 mil, sendo que cada uma das 750 colunas repetidoras custará aos cofres públicos R$ 698 e as 50 colunas para controlador custarão, cada, R$ 556 mil.
Para o vereador, o mínimo que a prefeitura deveria fazer é renegociar os valores do contrato, visto que há outras formas mais baratas de comprar estes equipamentos. “Se somar o conjunto, em São Paulo, fica R$ 1.700 no caso dos sinaleiros veiculares, aqui está saindo R$ 2.800. Para o caso de pedestre, lá o conjunto focal está saindo R$ 900, aqui está R$ 1.900. Se lá está operando com esses valores, é possível sim fazer uma renegociação aqui”, pontuou ele.
“Aparentemente ele [Izaías] é um atravessador, é uma pessoa que na verdade não produz e apenas vende o equipamento. Agora, se ele está conseguindo esse equipamento mais barato para vender em Goiânia o que nós não entendemos é porque quem está produzindo não está ele mesmo vendendo”, questionou o vereador.