Semad e Dema investigam espuma no Rio Meia Ponte, que enfrenta nível crítico em Goiânia
26 agosto 2025 às 12h31

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A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema) investigam a presença de espuma branca no Rio Meia Ponte, observada nesta segunda-feira, 25, no trecho abaixo da BR-153, na região leste de Goiânia. O material foi visto próximo à antiga hidrelétrica do Setor Jaó, ponto onde moradores relatam ocorrências semelhantes em outros períodos de estiagem.
Além do episódio, o manancial, responsável pelo abastecimento de grande parte da Região Metropolitana de Goiânia, enfrenta situação crítica devido à falta de chuvas. Após 56 dias de estiagem, a vazão do rio chegou a 4.786 litros por segundo, o que colocou o Meia Ponte em Nível Crítico 1. Equipes da Dema, Semad e Saneago estiveram no local nesta terça-feira, 26.
Sobre a espuma no Meia Ponte, o delegado titular da Dema, Luziano Carvalho, reforçou ao Jornal Opção que a investigação busca diferenciar possíveis fontes de poluição, sejam elas industriais, domiciliares ou pontuais. “Estamos em um período crítico do rio, com baixa vazão e vários lançamentos de efluentes. Precisamos identificar a origem para tomar as medidas adequadas”, concluiu.
A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável confirmou que equipes estiveram no local e registraram a presença da espuma, que pode ter origem em despejos de efluentes sem tratamento, embora ainda seja preciso identificar a causa exata.
De acordo com a Semad, esse patamar exige medidas emergenciais, como a garantia de vazão mínima de 2 mil litros por segundo para o abastecimento público e a redução gradativa da vazão remanescente. O órgão lembra que existem seis níveis de segurança para a bacia: Atenção (12 mil L/s), Alerta (9 mil L/s), Crítico 1 (abaixo de 5 mil L/s) até o Crítico 6, quando podem ser adotadas restrições mais severas.
A situação, embora preocupante, ainda é melhor que a registrada em 2024, quando o Nível Crítico 1 foi atingido já em julho. Em 2022, esse mesmo patamar foi alcançado em agosto, evidenciando que o rio sofre recorrentes pressões no período de seca.
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