O inverno começou no último dia 20 de junho, sexta-feira, e em Goiás a estação chegou seguindo à risca o esperado: trazendo frio e até chuva. E apesar da previsão de as temperaturas baixas durarem pouco (a partir de quinta-feira, 26, o calor já deve dar as caras novamente), a meteorologia aponta que, sem os fenômenos climáticos El Niño e La Niña, o inverno goiano deve ser mais ameno, sem o calor intenso registrado nos últimos anos.

Em decorrência da chegada de uma frente fria vinda do Sudoeste do estado, a tarde desta terça-feira, 24, em Goiânia foi a mais fria do mês de junho e deve ser uma das mais frias do ano, informou Elizabete Alves, coordenadora do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O sol se pôs antes das 18h, e pelas ruas o que se via eram pessoas agasalhadas e procurando se aquecer.

Segundo a coordenadora do Inmet, apesar de as temperaturas voltarem a subir ainda nesta semana, sobretudo no período da tarde, as manhãs ainda devem ser frias. “Na região Sudoeste, há previsão de [mínima] 8 ou 9 graus, com chance de geada na divisa com o Mato Grosso do Sul”, adiantou.

Mas há uma notícia para os fãs de temperaturas baixas. Sem a incidência do El Niño, fenômeno climático que provoca o aquecimento das águas superficiais do oceano Pacífico, e do La Niña, que causa o resfriamento atípico, o inverno, que vai do final de junho ao fim de setembro, deve ser “neutro” e com temperaturas mais amenas em comparação ao ano passado.

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“Dentro da nossa climatologia, é um período mais frio aqui para nossa região e estamos dentro da normalidade. Não tem El Niño e La Niña. Ano passado teve atuação do aquecimento dos oceanos e houve um inverno muito quente. Neste ano, estamos dentro de uma neutralizada”, explicou Elizabete Alves.

Gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), André Amorim faz coro à coordenadora do Inmet e destaca a perda de força do frio sentido em Goiás nesta semana.

De acordo com ele, os prognósticos demonstram que estamos em “neutralidade” para esse inverno, mas que após os três meses da estação pode haver mudanças. “Há cenários que apontam retorno do La Niña. Mas isso seria somente depois de setembro”, concluiu.