“Se o partido entender que contribuo mais como candidato ao governo, estou disposto”, diz Edward Madureira
01 dezembro 2025 às 18h24

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O vereador por Goiânia Edward Madureira (PT), ex-reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), afirmou ao Jornal Opção que está disposto a disputar o Palácio das Esmeraldas, caso o partido considere que sua presença na corrida majoritária contribui mais para a estratégia nacional da sigla e para a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Estado.
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A possibilidade de o PT lançar Edward Madureira ao governo voltou ao debate público após a divulgação, no sábado, 29, de uma nota de apoio assinada pela deputada federal e presidente estadual do partido, Adriana Accorsi (PT), mencionando o vereador como um dos quadros aptos a assumir a pré-candidatura. A manifestação ocorreu em meio às conversas que a sigla mantém com o ex-governador José Eliton (PSB), cotado para liderar uma composição de centro-esquerda em 2026.
Segundo Edward, a menção expressa ao seu nome ampliou a discussão dentro e fora da legenda.
“Com a nota, isso acaba se tornando relevante porque chamou atenção para o assunto e muitos veículos de imprensa passaram a nos procurar. A Adriana resolveu publicar a nota falando sobre meu nome para pré-candidato ao governo, ressaltando algumas características e credenciais minhas. Ela colocou mais lenha na fogueira”, declarou.
Embora planejasse inicialmente disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados, Edward Madureira reconhece que hoje se vê “mais para o campo” da pré-candidatura ao governo.
“Eu estava construindo toda a minha pré-campanha para deputado federal, pois era essa a sinalização que o partido me passava. O objetivo central é eleger o presidente Lula e formar uma bancada robusta. Mas, com esse novo cenário, a discussão mudou.”
O vereador lembra que recebeu cerca de 50 mil votos em 2022, número que ajudou o PT a assegurar uma segunda vaga na Câmara Federal. Para viabilizar uma terceira cadeira, segundo ele, “seriam necessários pelo menos 100 mil votos adicionais na legenda”.
Condições para entrar na disputa
Caso seu nome seja confirmado, Edward afirma que pretende iniciar a campanha com estrutura mínima, planejamento e equipe técnica preparada.
“Para disputar o governo tem que ter condição de trabalhar: equipe de marketing, estrutura, possibilidade de locomoção. Tenho clareza de que o conhecimento do meu nome no Estado ainda é restrito a alguns segmentos.”
Ele lembra que o presidente Lula historicamente alcança cerca de 40% dos votos em Goiás, mas que os candidatos do PT ao governo nunca replicaram esse desempenho no Estado.
“Buscar esses votos para a chapa de governo é uma tarefa estratégica e necessária.”
Estratégia eleitoral pesa na decisão
Para Edward, a escolha do candidato majoritário influencia diretamente o desempenho proporcional do partido, especialmente num cenário com três candidaturas competitivas à direita – tendência já identificada nas articulações preliminares para 2026.
“Se deixarmos para escolher o candidato na última hora, sem um palanque forte, perdemos também na proporcional. Se o Lula não tiver um lugar para falar aqui, perdemos muito.”
Ele reforça que qualquer mudança de rota dependerá de deliberação partidária:
“Qualquer coisa diferente de federal será ouvindo a decisão do partido. Se o PT entender que contribuo mais como candidato ao governo, estou disposto. Estou me dispondo, sim.”
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