Saúde de Goiás faz trabalho de prevenção diante de surto de febre amarela em MG
12 janeiro 2017 às 14h06

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Boletim divulgado pela secretaria de Saúde de Minas Gerais na última quinta-feira (11/1) registra 48 casos suspeitos da doença apenas nos primeiros dias de 2017
A Secretaria de Saúde de Goiás afirmou nesta quinta-feira (12/1) que o Estado está bem preparado e fazendo trabalho de prevenção contra o surto de febre amarela que atinge o estado vizinho, Minas Gerais.
Segundo a gerente de imunização Lizjane Ribeiro, o trabalho de intensificação teve início há dois anos, em 2014, quando começaram a surgir os primeiros casos da doença em macacos. “A medida que foram surgindo os casos, fomos intensificando a vacinação, que é a única forma de prevenção da doença, em especial em áreas rurais e próximo a regiões de mata, locais característicos do mosquito transmissor.”
Minas Gerais registrou 48 suspeitas de febre amarela no estado apenas nos primeiros dias de 2017, segundo boletim divulgado na última quarta-feira (11/1). Do total de registros, 16 são casos prováveis da doença, cujos pacientes apresentaram quadro clínico suspeito e o resultado de um primeiro exame deu positivo para o vírus.
Em Goiás, casos da doença voltaram a ser registrados em 2015 e 2016, depois de seis anos sem nenhuma ocorrência. Foram seis casos em 2015, quatro deles vieram a óbito, e em 2016 houveram outros três e todos eles culminaram na morte dos pacientes. Até agora em 2017 não há registro de suspeita da doença. Segundo a pasta, atualmente, todos os municípios goianos estão abastecidos com vacinas de febre amarela.
A doença
As primeiras manifestações da doença são repentinas e caracterizadas por febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos. Segundo informações da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a maioria das pessoas infectadas apresenta melhora após três dias, se recupera, e cria imunidade contra o vírus.
A forma mais grave se manifesta após o paciente apresentar um breve período de bem-estar. Nesses casos, podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso.
A vacina contra a febre amarela existe desde a década de 1930 e é disponibilizada gratuitamente à população pelo Sistema Único de Saúde (SUS). É altamente recomendável que ela seja tomada por quem mora ou vai viajar para áreas com indícios da doença. A aplicação ocorre em dose única, devendo ser reforçada após um período de 10 anos.
A população também deve ficar atenta a outras medidas de prevenção. A principal é a eliminação de água parada, que são os criadouros dos vetores. O uso de repelentes em áreas com incidência da febre amarela também é recomendado.