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Depois do barraco

Vereador se envolveu em debate acalorado com Sargento Novandir, interrompendo sessão de votação

O vereador Santana Gomes (PRTB) repudiou a atitude do também vereador Sargento Novandir (Avante), após discussão intensa entre os dois protagonizadas durante sessão da Câmara Municipal de Goiânia, na manhã da última terça-feira (12). Enquanto debatiam sobre um projeto de resolução que pode proibir posse e porte de arma fogo dentro da Casa, os dois parlamentares trocaram ataques e provocações com tanta intensidade que a sessão precisou ser interrompida. “A gente tem que entender que não se ganha um projeto na força e no grito, mas no voto. Vejo como desnecessário elevar o tom em relação a isso”, defende Gomes.

Santana Gomes garante ser contra estratégias de intimidação no debate, tanto no plenário como fora dele, apostando na troca de ideias para que a casa chegue a resoluções positivas para os projetos apresentados. Nesse sentido, como defensor do projeto de proibição de armas dentro da Câmara, ele chama atenção para um caso recente durante uma sessão na Câmara de Querência, a 912 km de Cuiabá (MS). No diam 21 de março, o vereador Neiriberto Martins Erthal, de 46 anos, sacou uma arma e apontou para o colega de parlamento Edmar Lucio Batista, como reação a um soco. “Isso é um perigo porque os debates mexem muito com a emoção. A pessoa pode se exaltar e, estando armada, levar a uma tragédia. É muito perigoso, mesmo sendo uma pessoa preparada”, pontua.

Após a retomada da sessão, o projeto de lei, de autoria do vereador Ronilson Reis (Podemos) foi aprovado com 19 votos favoráveis e quatro contra. Agora o projeto segue para Comissão Temática, antes de voltar para segunda votação. Durante a discussão, Novandir também apontou a situação de Gomes dentro do PRTB, que teve a chapa de vereadores das eleições de 2020 cassada em votação do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), por descumprimento de cotas de gênero. Quando a isso, Santana Gomes afirmou que o partido garantiu a idoneidade do processo e está aguardando orientações dos diretores da legenda, que estão focados em trabalhar a defesa. “É uma questão mais ligada à chapa do que ao vereador, então estou seguindo com o meu trabalho”, explica.