Santa Casa de Goiânia alerta para golpes via WhatsApp e reforça canais de denúncia
23 outubro 2025 às 16h03

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A Santa Casa de Misericórdia de Goiânia emitiu um alerta à população sobre golpes que utilizam indevidamente o nome da instituição. De acordo com o hospital, criminosos têm enviado mensagens por WhatsApp a pacientes e familiares solicitando pagamentos falsos para liberação de medicamentos, exames e outros atendimentos médicos.
Em entrevista ao Jornal Opção, o superintendente técnico do hospital, Pedro Ivandosvick, detalhou as medidas adotadas pela instituição e orientou sobre como identificar fraudes. “A principal medida que a gente tem adotado é a tentativa de conscientização dos nossos pacientes, familiares e da sociedade como um todo”, afirmou Ivandosvick.
Ele explicou que ainda não foi possível determinar como os golpistas têm acesso aos dados dos pacientes. “Estamos numa fase de busca junto à Polícia Civil e à nossa tecnologia de informação para descobrir de que forma eles conseguem os dados dos nossos pacientes e entram em contato com os familiares”.
O superintendente enfatizou que a Santa Casa não realiza cobranças por WhatsApp ou telefone. “A Santa Casa não entra em contato via WhatsApp ou ligação com nenhum paciente ou familiar do SUS buscando recurso financeiro. Os pacientes internados pelo SUS não precisam gastar nenhum centavo com tratamento. E mesmo pacientes particulares não recebem pedidos de pagamento dessa forma”, disse.
Para aqueles que eventualmente caírem no golpe, a orientação é denunciar imediatamente à polícia. “O mais indicado é ligar para a Polícia Civil e registrar a ocorrência. Nós também temos nossos canais de apoio, como a ouvidoria e o serviço social, que ajudam os familiares a fazer a denúncia”, completou. Os contatos do serviço social e da ouvidoria da Santa Casa são pelo telefone 3254-4040.
Segundo Ivandosvick, os golpes têm impacto emocional significativo tanto sobre pacientes quanto sobre a rotina do hospital. “Causa um impacto emocional na rotina da Santa Casa. Nossos pacientes estão para serem cuidados, evoluindo do processo de doença para a condição de saúde. E vem um golpista e aplica um golpe, pedindo R$ 4 mil, R$ 5 mil, R$ 8 mil a famílias que muitas vezes não têm condições de arcar com isso”, explicou.
Ele acrescentou que esses criminosos se aproveitam da fragilidade emocional dos familiares: “Se utilizam do desespero do familiar para conseguir aplicar os golpes”.
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