Sandramara Matias é a mais votada na eleição para reitoria da UFG; nomeação depende de aval do presidente Lula

25 junho 2025 às 23h10

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A professora Sandramara Matias Chaves foi a mais votada nas eleições para a reitoria da Universidade Federal de Goiás (UFG) com 3.869 votos. A outra chapa que estava na disputa, encabeçada pela professora Karla Emmanuela Ribeiro Hora, ex-diretora da escola de engenharia, terminou a eleição com 3.595 votos. Votos branco e nulos somaram 97 ao final da apuração. No total foram 7561 votos registrados.
O nome das duas candidatas será enviado na ordem de votação para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indique quem deve tomar posse como nova reitora, mas já se sabe que o chefe do Executivo vai indicar o nome que teve mais votos na consulta pública.
Sandramara é professora titular da Faculdade de Educação da UFG. Já atuou como vice-reitora e reitora entre 2018 e 2021. Ela disputou a eleição em 2021 e liderou a chapa mais votada com 3.309 votos, mas não foi nomeada reitora pelo então presidente Jair Bolsonaro. Com ampla experiência em gestão universitária, é vista como nome ligado à defesa da universidade pública e à retomada de políticas estruturantes.
Desde o começo do ano, quando já colocava seu nome como candidata, Sandramara recebeu várias homenagens da comunidade acadêmica. “Será uma questão de justiça se Sandramara for eleita reitora este ano. Porque ganhou, na disputa anterior, mas não levou”, afirmou à época um professor da universidade.
Para ela, a universidade enfrenta desafios estruturais e administrativos que exigem soluções estratégicas. Entre os principais problemas apontados pela comunidade acadêmica estão o déficit de servidores técnicos administrativos, a necessidade de valorização profissional, a precarização da infraestrutura (como iluminação insuficiente, problemas em telhados e laboratórios desatualizados) e a assistência estudantil.
“A assistência estudantil é uma das maiores preocupações. Há necessidade de mais investimentos em bolsas, moradia estudantil e restaurantes universitários. Além disso, há demandas emergentes, como espaços adequados para estudantes mães”, destaca.
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