Saiba quem são os 71 brasileiros desaparecidos em lista da Interpol

11 julho 2024 às 11h31

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Os nomes de 71 cidadãos brasileiros constam na lista da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) de pessoas desaparecidas. A lista inclui pessoas de todas as idades, desde crianças até idosos, com datas de desaparecimento que variam desde a década de 1970 até setembro do ano passado. Atualmente, a Interpol lista 9.794 desaparecidos de várias nacionalidades. Para ajudar nas buscas, o site da Interpol oferece, em alguns casos, imagens que simulam como a pessoa pode estar atualmente, considerando o tempo em que está desaparecida.
Entre os brasileiros, o caso mais recente é do mineiro Fabiano de Oliveira, que teria atualmente 37 anos. O site indica que ele pode ter passado recentemente por países como El Salvador, Guatemala, México e Estados Unidos. Não há informação sobre seu paradeiro desde 15 de setembro do ano passado, quando ele estaria na região de Palenque, no sul do México.
O desaparecimento mais antigo registrado de um brasileiro é o de Rosana Ferrari Pandim. Não há informações sobre seu paradeiro desde 23 de novembro de 1973, quando ela tinha apenas 11 anos. Nascida na cidade de Neves Paulista, no interior de São Paulo, Rosana foi dada como desaparecida em Goiânia.
O mais jovem entre os desaparecidos é Abraão Dorcival. Nascido em Santa Catarina (em município não registrado pela Interpol) em setembro de 2020, a criança não tem paradeiro definido desde o início de abril do ano passado, tendo “provavelmente”, segundo a Interpol, passado pela Colômbia. Veja abaixo os nomes e as fotos de todos os brasileiros dados como desaparecidos pela Interpol.
Desaparecimentos no mundo
Milhões de pessoas desaparecem todos os anos, e o crime organizado está envolvido em muitos desses casos, de acordo com a Comissão Internacional de Pessoas Desaparecidas (ICMP). A violência associada ao tráfico de drogas, contrabando de animais selvagens, exploração ilegal de recursos naturais, tráfico humano e outras atividades criminosas desempenha um papel crucial em muitos desaparecimentos.
O crime organizado, em sua forma mais sofisticada, é transnacional, altamente organizado e frequentemente sistêmico, infiltrando-se em sistemas e grupos essenciais à sociedade. Os desaparecimentos costumam ser um efeito colateral dessa atividade criminosa.
A corrupção é frequentemente um fator, resultando em investigações superficiais ou inexistentes dos desaparecimentos. Autoridades nacionais ou regionais podem ser subornadas ou não ter acesso às informações devido ao alcance do poder dos grupos criminosos envolvidos. Além disso, em casos de desaparecimentos forçados, pode haver um envolvimento do Estado, onde uma pessoa é sequestrada, presa ou morta, e seu corpo é escondido pelo governo ou por agentes públicos.
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