Rússia x Ucrânia: quem está vencendo a guerra?

Ucrânia ou Rússia? Volodymyr Zelensky ou Vladimir Putin? Os fatos do conflito que mostram quais objetivos foram alcançados no conflito

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Após 20 dias da invasão russa ao território ucraniano, muitos já começam a se perguntar quais os rumos desse conflito e quem está vencendo essa guerra. Ainda se trata de uma análise, já que a guerra ainda não se definiu e os termos de cessar-fogo ainda não foram acertados. Mas o resumo do conflito permite alguns indicativos.

Até o momento, nem Vladimir Putin nem Volodymyr Zelensky podem dizer que estão vencendo a guerra. Pode se avaliar, entretanto, que a Rússia não conseguiu atingir seus objetivos de forçar a Ucrânia a se render, aceitar a autonomia das regiões separatistas de Donbas e a recuar da intenção de entrar na União Europeia e na Otan.

Por outro lado, a Ucrânia tem oferecido resistência maior do que a esperada, mas ainda não suficiente para impedir o avanço e a destruição causada pelos russos.

Quando se fala em perdas humanas, não é possível neste momento confirmar as informações que chegam dos dois lados. O último balanço de Moscou estimava em quase 500 o número de soldados russos mortos. Mas fontes de inteligência americana dizem que algo entre 2 mil e 4 mil soldados russos morreram.

Pelo lado ucraniano, Kiev afirma que morreram 1,3 mil soldados ucranianos. A estimativa é de que, só em Mariupol, mais de 2,5 mil civis tenham sido mortos. Também faz parte do cálculo do custo humano da guerra o enorme êxodo de mais de 2,8 milhões de ucranianos em busca de refúgio em outros países.

Na disputa por território, as duas principais cidades ocupadas por russos são Kherson e Mariupol – ambas com relatos de intensos combates e grande número de civis mortos. Em Mariupol, um ataque russo a uma maternidade e um hospital infantil foi denunciado pela Ucrânia como crime de guerra. A cidade segue sendo alvejada. Mariupol é estratégica porque sua captura criaria um corredor entre os militares russos na região de Donbas e a Crimeia, ocupada em 2014, e daria a Moscou o controle da costa ucraniana do Mar Negro.