Acidentes domésticos com crianças aumentam 25% durante as férias escolares

O risco de acidentes domésticos com crianças aumenta cerca de 25% durante o período de férias escolares. Segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), entre queimaduras, cortes, quedas, afogamentos e outros incidentes, são registrados aproximadamente 200 mil acidentes domésticos por ano no país.

O ambiente domiciliar, quando não adaptado, torna-se um dos principais cenários de risco. Entre os fatores mais comuns estão produtos de limpeza e medicamentos armazenados em locais acessíveis às crianças, objetos cortantes na cozinha, panelas quentes, escadas sem proteção, pisos escorregadios, tomadas desprotegidas e brinquedos quebrados ou inadequados para a faixa etária.

Segundo o médico oftalmologista da Totum Saúde, Dr. Valdair Lopes, traumas oculares estão entre os acidentes mais frequentes e preocupantes. “Brinquedos pontiagudos, produtos químicos e até o uso incorreto de cosméticos e álcool em gel, por exemplo, podem causar danos à visão. No caso de contato de substâncias com os olhos, o ideal é lavar com água em abundância e procurar atendimento médico. Já se houver perfuração ou outro tipo de trauma na região ocular, não se deve tentar remover objetos ou fazer curativos. É fundamental buscar ajuda especializada com urgência”, orienta.

Durante as férias, é comum que as crianças estejam mais ativas, curiosas e expostas a ambientes que nem sempre oferecem segurança. Queimaduras e cortes também figuram entre as ocorrências mais frequentes, preocupando especialmente devido à maior sensibilidade da pele infantil em comparação à dos adultos.

“Os pequenos estão mais suscetíveis a queimaduras tanto pelo contato com superfícies aquecidas quanto pela exposição excessiva ao sol. Por isso, o uso diário de protetor solar é indispensável, assim como a supervisão constante — especialmente em áreas como a cozinha, onde o risco de acidentes é maior”, destaca o dermatologista da Totum Saúde, Dr. Luan Bastos.

Em casos de queimaduras, a recomendação é lavar a área afetada com água corrente fria, sem aplicar pomadas ou receitas caseiras. Já em situações de cortes, deve-se estancar o sangramento com gaze limpa e avaliar a profundidade da lesão. Ferimentos mais extensos ou com sangramento persistente requerem avaliação médica imediata.

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