Representantes da Celg afirmam que audiência pública serviu para esclarecer dúvidas quanto às negociações com Eletrobras
19 novembro 2014 às 18h07

COMPARTILHAR
A audiência foi convocada pelo deputado federal e senador eleito Ronaldo Caiado (DEM), e foi realizada na Comissão de Agricultura, Pecuária e Abastecimento da Câmara
O diretor de regulação da Celg D, Elie Chidiac, considera um sucesso a audiência pública realizada nesta terça-feira (19/11) sobre a transferências de 51% das ações da empresa para a Eletrobras. Segundo ele, “todas as dúvidas referentes à negociação foram devidamente esclarecidas”. A opinião é compartilhada pelo conselheiro Felisberto Jácomo, segundo quem, a audiência foi importante para aparar eximir a negociação de qualquer tipo de possíveis imprecisões.
[relacionadas artigos=”16183,15923,13705″]
A audiência foi convocada pelo deputado federal e senador eleito Ronaldo Caiado (DEM), e foi realizada na Comissão de Agricultura, Pecuária e Abastecimento da Câmara. O democrata pedia explicações dos dirigentes das duas empresas sobre os detalhes da negociação. Segundo ele, a rapidez com que a operação foi realizada impediu uma discussão aprofundada no Congresso Nacional.
Na avaliação de Ronaldo Caiado a operação de transferência da Celg pode causar muitos prejuízos a Goiás já que a venda foi realizada por R$ 59 milhões, uma valor bem abaixo da realidade. E o deputado acredita que a intenção da Eletrobras é privatizar a Celg. “Provavelmente, alguma empresa já está sendo constituída para comprar também esse patrimônio goiano por valores irrisórios”, destacou.
Durante a reunião, o presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, disse que a Celg precisará de investimentos de R$ 1,6 bilhão para poder equilibrar seu caixa e atender a demanda do Estado. “Nossa visão é transformar a Celg em uma das melhores distribuidoras do País em dez anos”, disse.
Ele defendeu a compra das ações da estatal goiana, cuja transação foi aprovada no final de setembro. “Em 2011, a Celg estava em total desequilíbrio econômico-financeiro, o que conduzia a um risco de desabastecimento elétrico em Goiás. As tarifas estavam congeladas desde 2006 e a empresa estava impedida até mesmo de receber os créditos do Programa Luz Para Todos”, pontuou.
De acordo com ele, as dívidas da Celg, que antes eram de mais de R$ 6 bilhões, já caíram para cerca de R$ 2,2 bilhões, se tornando totalmente adimplente. O presidente espera que os investimentos da empresa neste ano cheguem a R$ 220 milhões.
Além das questões envolvendo as negociações entre Celg e Eletrobras, a audiência pública também debateu a polêmica sobre a implantação de torres de alta tensão na região Sudoeste de Goiânia. Moradores do local reclamavam que as obras colocariam suas vidas em risco e poderiam provocar prejuízos ao meio ambiente. Assim, o presidente da Eletrobras decidiu suspender a obra até que sejam feitas novas análises e seja encontrada uma solução para o caso.