Um relatório divulgado pelo IBGE nesta quarta-feira, 3, com dados sobre o perfil, faixa de renda e ocupação em Goiás revelou que o rendimento médio dos homens superou o das mulheres em 42% no mercado de trabalho, em 2024.

O número representa um aumento preocupante da discrepância de renda na comparação com 2023, em que os ganhos médios do sexo masculino no mercado de trabalho goiano eram 41% maiores que os do sexo feminino.

Em termos reais, ainda segundo a Síntese de Indicadores Sociais do IBGE, o rendimento de homens em 2024, em Goiás, foi de R$ 3,5 mil mensais em média, enquanto mulheres receberam mais de mil reais a menos: R$ 2,4 mil por mês.

O relatório apontou ainda que o rendimento médio real habitualmente recebido no trabalho principal pelos goianos foi de R$ 3.095 por mês. Em Goiânia, o valor foi de R$ 4.090, o que equivale a 32,1% maior que a média do estado.

Nacionalmente, o resultado, de R$ 3.208, superou o de Goiás, mas ficou abaixo da média paga nas capitais (R$ 3.936).

Desigualdade tem cor

Outro ponto levantado pela Síntese de Indicadores Sociais e que geram preocupação é o fator racial na discrepância de rendimento em Goiás. Conforme o relatório, as pessoas de cor branca tiveram rendimento médio mensal de R$ 3.892, quantia 45,5% acima do registrado para as de cor preta ou parda, que foi de R$ 2.674.

Mesmo assim, a divergência entre os valores diminuiu consideravelmente em relação a 2023, quando os indivíduos de cor branca recebiam 58,1% a mais que os de cor preta ou parda.

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