Orlando do Amaral conseguiu aporte de R$ 300 milhões no Ministério da Educação, mas explica que dinheiro ainda não é suficiente para conter redução nas verbas

Reitor da UFG, Orlando Valle | Fernando Leite
Novos cortes podem impossibilitar pagamento de despesas correntes e prejudicar qualidade do ensino, diz Orlando | Fernando Leite

O reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Orlando Amaral, esteve em Brasília nesta terça-feira (23/8) para tentar sensibilizar senadores e deputados federais por Goiás quanto à questão dos cortes orçamentários na instituição. No Congresso, ele mostrou aos parlamentares a nota que fez alertando a comunidade universitária sobre o riscos que a UFG corre caso sejam confirmados os cortes.

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No início do mês, o governo interino anunciou que os cortes nos orçamentos das federais, que já enfrentam reduções, pode ser de até 45%. No caso específico da UFG, os cortes, somados à inflação, podem chegar a 30%. Como já adiantado pelo vice-reitor da instituição, Manoel Chaves, ao Jornal Opção, a UFG pode ter seu funcionamento inviabilizado se essa realidade se concretizar.

Esse foi o argumento apresentado por Orlando em Brasília. “Viemos solicitar o apoio da bancada goiana para evitar que essa medida seja efetivada, pois inviabilizará o desenvolvimento, em sua plenitude, de inúmeros programas e ações em andamento na UFG e em outras instituições federais”, declarou ele.

Orlando ressaltou que, além das despesas correntes, com pessoal terceirizado, água, luz, telefone, limpeza, entre outros, novos cortes podem até mesmo ameaçar a qualidade acadêmica de cursos de graduação e pós-graduação, além de afetar os projeto de pesquisa e extensão.

Além de se encontrar com parlamentares, Orlando também se reuniu com o secretário de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), Paulo Barone. A negociação resultou em um aporte de mais de R$ 300 milhões para o orçamento de 2017, mas o montante, segundo o reitor ainda é insuficiente. “Este valor minimiza o impacto previsto para o próximo ano, mas ainda não é suficiente para atender as necessidades das Universidades Federais”, garantiu ele.