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Em nota, Orlando Amaral reforçou que proposta do governo federal inviabilizará funcionamento da universidade. Greve geral não é descartada por categorias

Foto: Fernando Leite/ Jornal Opção
Foto: Fernando Leite/ Jornal Opção

O reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Orlando Amaral, divulgou, nesta quarta-feira (17/8), um “alerta” à comunidade acadêmica quanto à proposta de orçamento apresentada pelo governo do presidente interino Michel Temer (PMDB), que reduz em 18% as verbas destinadas aos recursos de custeio e em 45% as de capital.

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No comunicado, Orlando Amaral reforça o que o vice-reitor da instituição, Manoel Chaves, já havia confirmado ao Jornal Opção, na última semana: os novos cortes no orçamento irão inviabilizar o funcionamento da UFG.

“Podemos afirmar que a concretização dessas reduções inviabilizará o desenvolvimento, em sua plenitude, de inúmeros programas e ações em andamento na UFG e em outras UFs, incluindo aqueles vinculados diretamente às atividades de ensino, pesquisa e extensão, o que poderá significar uma ameaça à qualidade acadêmica de seus cursos de graduação, de pós-graduação e à execução dos projetos de pesquisa e extensão”, diz o reitor na carta. (Confira aqui o comunicado na íntegra)

Orlando Amaral também defende que a proposta orçamentária desconsidera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e o Plano Nacional de Educação, aprovado em 2014. Por fim, o reitor faz um apelo à comunidade acadêmica e também ao Congresso Nacional, pedindo apoio para impedir que a redução de fato se efetive.

Contra a proposta do governo federal, os trabalhadores técnico-administrativos das instituições federais de ensino superior de Goiás deflagraram greve na manhã desta quarta (17). Eles também são contrários a duas propostas que correm no Congresso Nacional com o objetivo de renegociar as dívidas dos Estados com a União. A possibilidade de greve geral na universidade não é descartada.