O reitor da UEG, professor Antônio Cruvinel, afirmou que a cooperação com a Aclara vai além da formação profissional e envolve o acompanhamento direto do processo de extração. A proposta da universidade é atuar desde a pesquisa aplicada até o suporte logístico aos acadêmicos que irão trabalhar com a nova tecnologia mineral.

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“A ideia é que a universidade possa ajudar a região Nordeste do Estado, mas também atuar com pesquisa aplicada, oferecendo pesquisadores e divulgando vagas dos cursos que têm interface com a mineração. Hoje há uma carência de mão de obra especializada, e o objetivo do convênio é justamente essa reciprocidade”, disse.

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Reitor da UEG, Antonio Cruvinel | Foto: Guilherme Alves/ Jornal Opção

De acordo com ele, o modelo adotado pela empresa difere dos métodos tradicionais baseados em barragens, responsáveis por impactos ambientais severos em outras regiões do país. Cruvinel visitou a planta piloto em Aparecida de Goiânia e afirma que o ciclo produtivo prevê a recomposição quase integral do solo.

“A proposta é que 99% do material retirado retorne para a natureza. É um processo muito menos danoso ao meio ambiente do que o que entendemos como mineração convencional.”

O solo bruto, trazido de Nova Roma para Aparecida de Goiânia, passa por separação industrial e depois é devolvido ao local de origem. Ao mesmo tempo, a UEG estruturará a base acadêmica em Posse, município vizinho, onde há unidade da universidade com capacidade para receber pesquisadores, dar suporte técnico e ofertar treinamentos.

Além da parte operacional, a universidade destaca que a parceria envolve também atenção social e cultural, especialmente em relação aos povos tradicionais da região.

“A UEG já atua com vigilância ambiental e compromisso com as comunidades tradicionais. A empresa também sinalizou compromisso com o respeito aos povos originários.”

Cursos ligados às áreas agrárias e de sustentabilidade, como engenharia florestal, agronomia e agroecologia, devem participar do projeto. A universidade avalia que a interiorização da produção científica será um passo estratégico para a qualificação local e para garantir a transparência do processo ao longo da implantação da planta definitiva.

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