Reino Unido, Canadá e Austrália reconhecem oficialmente o Estado da Palestina e pressionam Israel

21 setembro 2025 às 13h23

COMPARTILHAR
Em um movimento histórico, três das maiores e mais importantes nações do mundo – Austrália (Oceania), Reino Unido (Europa) e Canadá (América) – reconheceram oficialmente o Estado da Palestina.
O anúncio aconteceu separadamente, neste domingo, 21, e foi feito às vésperas da Assembleia-Geral da ONU, evento que vai ser realizado paralelamente à Conferência de Alto Nível sobre Palestina, quando um grupo de 10 países também deve confirmar o reconhecimento do Estado palestino.
Com isso, Canadá e Reino Unido tornam-se os primeiros países do G7 e fazer o reconhecimento da Palestina. Premiê canadense, Mark Carney declarou que a postura oferece uma “parceria na construção da promessa de um futuro pacífico, tanto para o Estado da Palestina quanto para o Estado de Israel”.
No comunicado, Carney também critica o governo israelense e diz que ele trabalha “para impedir que a perspectiva de um Estado Palestino seja estabelecida”.
Leia também: ONU acusa Israel de cometer genocídio contra palestinos em Gaza
Vale destacar que o presidente da França, Emmanuel Macron, também já afirmou que vai reconhecer o Estado da Palestina na cúpula da ONU que vai acontecer neste mês de setembro.
Atualmente, mais de 140 países reconhecem o Estado palestino, incluindo o Brasil, em decisão tomada em 2010.
A posição adotada por países de grande peso geopolítico acabam por pressionar Israel, cujo governo tem sido acusado há tempos de praticar um “genocídio” contra o povo palestino. Na semana passada, a presidente da Comissão de Inquérito das Nações Unidas, Navi Pillay, declarou que Israel quebrou a promessa de “nunca mais”, após a divulgação de um relatório que concluiu que o país pratica genocídio na Faixa de Gaza.
A “promessa de nunca mais” é um acordo firmado pela ONU e pela comunidade internacional, que surgiu após o Holocausto durante a Segunda Guerra Mundial.
O relatório também aponta que autoridades de alto escalão, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, incitaram esses atos. Israel, por sua vez, chamou de escandalosas.