Helga Martins é a única mulher pré-candidata ao governo de Goiás e acredita que seja necessário fugir da monocultura e dos commodities

Em entrevista para o Jornal Opção, a única mulher pré-candidata ao governo de Goiás, Helga Martins (PCB), diz que o Partido Comunista Brasileiro (PCB), tem propostas para Goiás e que os comunistas precisam oferecer não só a promoção aos assentamentos para famílias em programas de reforma agrária, mas precisa pensar em uma reforma agrária radical. Segundo, a principal mudança seria fugir das isenções que são dadas aos mais diversos setores do agronegócio e que minimizam os impactos da monocultura.  

De acordo com a comunista, os setores do agronegócio que vivem das commodities e da monocultura sobrevivem envenenando, matando e destruindo os recursos naturais do Estado com o discurso de que o Agronegócio é o cerne econômico, que não é real, segundo Helga. “O cerne econômico é o setor de serviços [trabalhadores]”, acrescenta. “É um processo [da agricultura] que acaba esvaziando as possibilidades que nós temos de crescimento em alguns setores, porque o que existe é uma aposta no modelo econômico que acaba aprofundando o processo de concentração de terras de monocultura, que destroem a possibilidade efetiva de construção de uma agricultura familiar valorizada, não como um paliativo”, explica Helga.  

Mas como fazer? 

Segundo a política, no Poder, o PCB pode governar com o povo, com conselhos populares nas mais diversas áreas, entre elas a agricultura. “A gente sabe que o sujeito capaz de transformar a realidade é aquele que produz a riqueza do mundo, que é o trabalhador e a trabalhadora, então sem propostas enganadoras e sem propostas abstratas, a nossa proposta é muito concreta, vamos construir a partir da democracia direta, ampliando a participação popular nos espaços, com plebiscitos e referendos ampliados”, acrescenta a comunista.