Ratinho é condenado por manter trabalhadores em situação análoga à escravidão

Apresentador terá que desembolsar R$ 200 mil por danos morais coletivos. Conforme denúncia, funcionários eram obrigados a se alimentar na lavoura e nos banheiros

O apresentador Carlos Roberto Massa, o Ratinho, foi condenado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) a pagar R$ 200 mil por danos morais coletivos. Ele é acusado de manter trabalhadores em situação análoga a de escravos em uma propriedade rural em Limeira do Oeste, em Minas Gerais. As informações são do site Gazeta Web.

Conforme decisão do tribunal, Ratinho não fornecia equipamentos de segurança nem alojamento e alimentação adequadas para os funcionários de sua fazenda de cana de açúcar. O apresentador é um dos principais fornecedores da matéria-prima para uma empresa da cidade mineira.

A denúncia do TST também aponta que os empregados tinham de se alimentar na lavoura e nos banheiros. Além disso, há informações de que Ratinho teria aliciado pessoas na Bahia e no Maranhão para que trabalhassem em sua fazenda irregularmente.

A Justiça mineira já havia condenado Ratinho a pagar $ 1 milhão em danos morais coletivos depois que o Ministério Público do Trabalho (MPT) levou a juízo uma Ação Publica Civil contra o apresentador em Uberlândia. Ele recorreu e conseguir reverter a decisão. O processo, entretanto, foi levado pelo MPT ao TST, que teve outra interpretação sobre o caso.

Em nota à imprensa, Ratinho negou a denúncia e alegou que não é mais o proprietário da fazenda em Limeira desde abril de 2010.  “Não existiu trabalho em condição análoga à de escravo.”