Goiás emplacou quatro escolas públicas no ranking das 50 instituições com as maiores notas entre as que não realizaram seleção de estudantes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024. O levantamento, realizado pelo jornal O Globo, coloca as cidades de Goianápolis, Itapaci, Morrinhos e Anápolis entre as referências em desempenho acadêmico no país.

A Escola Estadual Joaquim Soares da Silva, em Goianápolis, ficou entre as 15 melhores do Brasil, liderando o desempenho goiano, seguida pelo Centro de Ensino em Período Integral Santa Terezinha, em Itapaci, na 43ª posição. Na sequência aparecem o Centro de Ensino em Período Integral Sylvio De Mello, em Morrinhos, em 45º, e o Centro de Ensino Gomes de Souza Ramos, em Anápolis, que ocupa a 48ª colocação.

Os resultados do ranking foram calculados a partir da média das notas obtidas pelos alunos de escolas públicas no Enem. A unidade de Goianápolis, que ficou em primeiro lugar em Goiás, registrou nota média de 603,80 pontos. Itapaci conquistou 585,20 pontos, enquanto Morrinhos e Anápolis obtiveram 584,90 e 584,32 pontos, respectivamente. Para efeito de comparação, a pontuação máxima do Enem é de 1.000 pontos.

O levantamento também evidencia a concentração de instituições de alto desempenho em estados como Rio Grande do Sul, com 12 escolas na lista, São Paulo, com oito, e Paraná, com sete. No Rio de Janeiro, apenas três escolas aparecem entre as 50 primeiras.

Apesar de o Enem não ter como objetivo principal avaliar escolas, os resultados do exame funcionam como um indicador do preparo dos estudantes para o ensino superior, já que o teste é a principal porta de entrada para universidades públicas por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e para bolsas de estudo do Programa Universidade para Todos (Prouni) em instituições privadas.

Os dados divulgados em 2024 mostram um cenário de avanço para a rede pública. De acordo com informações do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), sistematizadas em relatório da plataforma SAS Educação, a média nacional dos alunos de escolas públicas subiu de 511 para 514 pontos em um ano, um crescimento de 0,63%. Esse patamar é 34 pontos superior ao registrado há sete anos, quando a média era de 480 pontos. Por outro lado, a rede privada apresentou ligeira queda de 607 para 605 pontos..

Embora o avanço seja significativo, o ranking nacional ainda é dominado por escolas públicas que realizam seleção de estudantes. Instituições federais, como colégios de aplicação ligados a universidades, e escolas militares, como o Colégio Naval, no Rio de Janeiro, figuram entre os primeiros lugares devido à exigência de provas ou à destinação para grupos específicos, como filhos de militares.

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