Quase 20 meses depois, obra no Ciams Jardim América continua longe do fim
03 abril 2019 às 12h38

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Na época, anúncio de interdição do local causou alvoroço entre os moradores que já temiam que a obra se estendesse por mais de 180 dias

Diante da situação deplorável do Ciams do Jardim América, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) fechou, em outubro de 2017, a unidade de saúde para uma reforma que duraria seis meses. Conforme mostrado pelo Jornal Opção à época, a vereadora Cristina Lopes (PSDB) foi quem encabeçou a denúncia contra a situação da unidade.
Durante sessão ordinária na Câmara Municipal de Goiânia, Cristina exibiu imagens que retrataram as condições do Ciams. Na ocasião, a secretária de saúde, Fátima Mrué, reconheceu que o material apresentado era suficiente para comprovar a necessidade de interdição do local.
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Pois bem, o anúncio de manutenção do local causou alvoroço entre os moradores da região. Eles temiam que a obra se arrastasse para além do prazo de 180 dias determinado em contrato. Eles tinham razão. Já se foram mais de 540 dias e, segundo a secretária, a previsão é de que a obra se estenda até o mês de julho de 2019. Ou seja, na melhor das hipóteses, a obra, inicialmente prevista para seis meses, se estenderá por 21.
“Desumano”
“Estamos vivendo dois anos de uma situação em que a secretaria não assume suas responsabilidades”, disse a vereadora Priscila Tejota em entrevista ao Jornal Opção. “O que a secretária está fazendo é completamente desumano: fecha unidades e não repõe. No Jardim América, por exemplo, a obra está completamente atrasada sem nenhuma previsão de entrega”.

Segundo a vereadora, vários outros colegas de Parlamento questionaram a secretária que “sequer mencionou a possibilidade de abertura”. “Se não me engano é a quinta vez que ela é convocada para prestar esclarecimentos na Câmara. Tivemos uma CPI da Saúde e por três vezes o Ministério Público solicitou a retirada dela do cargo”, lembrou.
“Infelizmente o culpado disso tudo é o prefeito Iris Rezende (MDB) que não atende as solicitações. (…) Culpo exclusivamente o prefeito pois ele é a unica pessoa que pode tomar essa decisão [afasta-lá do cargo]”, pontuou Tejota.