Quarentena devido à Covid-19 pode prejudicar Maguito, diz cientista político
20 outubro 2020 às 17h09

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Emedebista tem crescido nas últimas pesquisas de intenção de votos

A quarentena que Maguito Vilela (MDB) deve seguir após ter confirmado infecção pelo coronavírus, nesta terça-feira, 20, e pode prejudicar o candidato em um momento que as pesquisas apontam ascensão na intenção de votos do emedebista junto ao eleitorado goiano. A avaliação é do cientista político Guilherme Carvalho.
Segundo o pesquisador, a ascensão de Maguito nas pesquisas de intenção de votos está ligada à presença do candidato em eventos e nas ruas. Guilherme Carvalho aponta que o emedebista está fora da vida política goianiense desde que disputou ao governo do Estado em 2006. Para suprir essa “distância”, a presença dele nas ruas se faz necessária.
Pesquisa Grupom, divulgada nesta terça, mostra Vanderlan Cardoso (PSD) ainda na liderança com 28,9% das intenções de voto e Maguito com 21,9%, com crescimento de 5,8 pontos percentuais desde a última pesquisa. Delegada Adriana Accorsi (PT) soma 11,6% da preferência.
A equipe de campanha, em reunião realizada na tarde desta terça deve definir qual será a estratégia durante a ausência de Maguito. Ao Jornal Opção, o candidato a vice-prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (PRB), adiantou que irá dividir agenda com o o presidente estadual da sigla, Daniel Vilela, e com o coordenador da campanha, Agenor Mariano.
Entretanto, conforme aponta o cientista político, a presença física do candidato é necessária. O que poderia ser aplacada por uma manifestação do prefeito Iris Rezende (MDB), que firma distância do pleito de 2020.
“Esse é um momento importante que Iris poderia entrar, pois a avaliação da gestão está em alta. O próprio Paulo Ortegal, principal auxiliar do prefeito, gravou um vídeo de apoio, o que já ajuda, pois mostra movimentação da cúpula irista em prol de Maguito”, avalia.
Esse possível “vácuo” durante a quarentena pode frear a subida de Maguito e beneficiar a terceira colocada, Adriana Accoris. No entanto, conforme ressalta Guilherme Carvalho, ela enfrenta o antipetismo, ainda latente em Goiânia, mas é beneficiada pela verba partidária e memória afetiva.
“Há a memória afetiva do eleitor goianiense em relação a Darci Accorsi, pai de Adriana, além da presença do ex-prefeito Pedro Wilson, como vice da chapa. Historicamente governos passados são lembrados com certa memória afetiva, o que pode beneficiar a campanha dela”, explica.
