PT chama incidente com senadores brasileiros na Venezuela de “factoide” e reafirma apoio a Maduro
20 junho 2015 às 15h35

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Partido afirma que foi criado um fato inexistente em torno do “lamentável episódio” com o intuito de explorá-lo politicamente e comprometer o Itamaraty

O PT divulgou uma nota oficial criticando o que chamou de “factoide” criado em torno do ocorrido durante viagem de senadores brasileiros de oposição à Venezuela. O documento, assinado pelo presidente da legenda, Rui Falcão, e pela secretária de Relações Internacionais do partido, Mônica Valente, afirma que a visita da comitiva acarretou um incidente “explorado politicamente que tentou comprometer o Itamaraty com os lamentáveis episódios”.
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Aécio Neves (PSDB-MG), o goiano Ronaldo Caiado (DEM), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), José Agripino (DEM-RN), Ricardo Ferraço (PMDB-ES), José Medeiros (PPS-MT), Sérgio Petecão (PSD-AC) e Aloysio Nunes (PSDB-SP) foram ao País vizinho na última quinta-feira (18) sob a justificativa de que iriam prestar apoio aos presos políticos do governo de Nicolás Maduro.
Entretanto, os senadores sofreram um ataque na saída do aeroporto, quando a van onde estavam foi cercada por um grupo de pessoas que gritaram contra o grupo e teriam também atirado pedras. Desde então, os senadores têm dito que o governo venezuelano impediu que o grupo saísse do aeroporto e visitasse o preso Leopoldo López.
Divulgado na noite da última sexta-feira (19), na nota oficial o PT defende os princípios do respeito à soberania e da não-intervenção em assuntos internos de outros países. A legenda ainda reitera apoio à busca de uma solução política e democrática para os problemas que a Venezuela enfrenta atualmente.
O Partido dos Trabalhadores também frisa apoio ao governo do presidente Nicolás Maduro. “Ele tem procurado manter as políticas sociais e distributivas iniciadas por seu antecessor, o presidente Hugo Chávez”, diz em documento.
Na última sexta-feira, o senador Aécio Neves disse que houve uma ação deliberada do governo venezuelano neste sentido, e também por parte do governo brasileiro, por expor uma delegação oficial de senadores que foram “ser solidários com presos políticos e defender a democracia venezuelana”.
O governo da Venezuela negou ter dificultado a visita dos congressistas, que viajaram com a intenção de pressionar o governo de Maduro a libertar os prisioneiros e a realizar eleições parlamentares.
Confira a nota na íntegra:
Nota do Partido dos Trabalhadores sobre a viagem de senadores brasileiros à Venezuela
O Partido dos Trabalhadores (PT) manifesta sua preocupação com os fatos envolvendo uma comitiva de senadores de oposição brasileiros em recente viagem à Venezuela, com o objetivo de contatar líderes da oposição ao governo local.
A visita da comitiva acarretou um incidente, explorado politicamente, na tentativa frustrada de comprometer o Itamaraty com os lamentáveis episódios.
Diante do factoide provocado pelos oposicionistas, o PT reitera sua defesa dos princípios do respeito à soberania e da não-intervenção em assuntos internos de outros países. E reafirma seu apoio à busca de uma solução política e democrática para os problemas que a Venezuela enfrenta atualmente, tal como unanimemente vem propondo a UNASUL. Também reafirma seu apoio ao governo legitimamente eleito do presidente Nicolás Maduro, que tem procurado manter as políticas sociais e distributivas iniciadas por seu antecessor, o presidente Hugo Chávez.
Rui Falcão – Presidente Nacional
Mônica Valente – Secretária de Relações Internacionais