Programa de intercâmbio vai levar dois mil estudantes, professores e pesquisadores goianos ao exterior
12 novembro 2025 às 17h35

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O Governo de Goiás lançou, nesta quarta-feira, 12, o Programa Goiás pelo Mundo, iniciativa que vai promover a internacionalização de alunos da rede pública, professores e pesquisadores do Estado. A meta é levar mais de 2 mil goianos ao exterior até 2030 para intercâmbios, cursos, mestrados, estágios e missões de pesquisa em universidades de referência mundial.
O programa foi apresentado no Hub Goiás, em Goiânia, pelo vice-governador Daniel Vilela (MDB), e integra as políticas de educação e inovação do Estado, coordenadas pela primeira-dama Gracinha Caiado.
Oportunidade
Segundo Daniel, o Goiás pelo Mundo é voltado para alunos “que não teriam oportunidade de ter essa visão global e conhecer uma cultura completamente diferente, além de despertar para o mundo que existe lá fora”. Vilela ressaltou que o objetivo principal é proporcionar uma imersão que inspire os jovens “a alcançar objetivos maiores, se qualificar e estudar cada vez mais”, além de trazer o conhecimento adquirido de voltado ao Estado.

A primeira turma do programa, formada por 39 alunos da Escola do Futuro de Goiás, embarca em janeiro de 2026 para um intercâmbio de inglês em Syndney, na Austrália. Nos próximos cinco anos, a meta é contemplar dois mil goianos com experiências internacionais custeadas pelo Estado, em universidades estrangeiras reconhecidas entre as 100 melhores do mundo.

Murilo Ferreira dos Santos, 17, é estudante do segundo ano do ensino médio da Escola Joaquim de Carvalho Ferreira, em Goiânia, e faz parte do primeiro grupo de intercâmbio de inglês do programa. Ele diz que o aprendizado de novas experiências e culturas vai auxiliar no currículo e na mentalidade. “Contar com esse auxílio da Escola do Futuro, que trouxeram a programação pra gente, que é um setor que cresce bastante, vai facilitar na busca por empregos e melhores condições de vida”.
O pai, Alexandre Ferreira, diz o programa é muito importante e espera que ele possa ser continuado e ampliado. “Muito orgulho do meu filho e creio que os outros pais que tiveram filhos escolhidos para o programa também estão muito felizes”, comenta.
Bolsas
Além dos intercâmbios estudantis, o programa prevê bolsas e créditos subsidiados para mestrados internacionais, missões de pesquisa e estágios em laboratórios de ponta. Professores e servidores públicos também poderão participar de ações de capacitação e formação em universidades parceiras, fortalecendo a integração de Goiás com instituições de referência global.

“Esse é um projeto que vai abrir a cabeça dos nossos estudantes, que terão oportunidade de fazer intercâmbio e desenvolver fluência em inglês e tecnologia, mas também permitirá que nossos professores e servidores se qualifiquem em outros países”, explicou Daniel Vilela. Ele destacou ainda que o investimento em educação, ciência e capital humano é uma das principais estratégias para o desenvolvimento do Estado.
O vice-governador também ressaltou o papel da primeira-dama Gracinha Caiado na consolidação das políticas sociais do governo: “A Gracinha tem uma liderança muito forte e grande parte dos projetos sociais foram idealizados e construídos por ela. Não é à toa que Goiás é o Estado que mais retira famílias da condição de extrema pobreza. A agenda social é nossa plataforma de continuidade de avanços.”
Parceria
Para garantir o funcionamento e a expansão do programa, o Governo de Goiás manterá parceria com o Instituto Trajetórias, criado em conjunto com a Fundação Lemann e a Fundação VélezReyes+, que farão a ponte entre o Estado e as universidades estrangeiras.
O secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, José Frederico Lyra Netto, destacou que o programa vai abranger três eixos: alunos do ensino médio técnico, estudantes de mestrado internacional e pesquisadores. “Queremos que Goiás seja uma referência internacional. A experiência no exterior gera mais competitividade, mobilidade social e oportunidades de crescimento para pessoas de baixa renda, além de concretizar o sonho de muitos jovens”, afirmou.

A seleção dos estudantes será feita com base no desempenho acadêmico e nos resultados das Olimpíadas de Inteligência Artificial promovidas pelo Estado. No caso dos mestrandos e pesquisadores, haverá editais específicos e processos seletivos em parceria com universidades estrangeiras.
Para o professor e pesquisador Flávio Manuel Coelho Borges Cardoso, da área de Administração, a iniciativa representa um avanço para o ensino e a pesquisa em Goiás. “A internacionalização amplia o contato dos alunos com pesquisadores e professores de outros países, oferece uma vivência intercultural e contribui para o desenvolvimento do Estado”, observou.
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