Professora e co-fundadora da Escola de Música da UFG, Maria Lucy Veiga, comemora 99 anos de história

03 junho 2025 às 08h00

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A professora e co-fundadora da Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás (UFG), Maria Lucy Veiga, comemora 99 anos de história. Junto com o maestro Jean Douliez, Maria Luiza Póvoa Cruz e Dalva Maria Pires, foram peças chaves na edificação do curso que leciona até os dias de hoje. Além disso, Maria é integrante da Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás, além de compor a Academia Nacional de Música do Rio de Janeiro.
Nascida em 1926 na cidade de Goiás e filha de um músico, Maria aprendeu a tocar piano desde os 4 anos de idade no Colégio Sant’Ana, escola centenária do município que fechou as portas em 2015 depois de funcionar por 126 anos seguidos. Aos 26 anos, Maria decidiu deixar o piano de lado para ser regente de coral em orquestras após ter tido experiências com maestros conhecidos da área, como Heitor Villa-Lobos, Isaac Karabtchevsky, Carlos Alberto Pinto Fonseca e Samuel Baud-Bovy.
A partir daí, se juntou com os colegas da área para criar o então Conservatório Goiano de Música no dia 15 de janeiro de 1956, cerca de quatro anos antes da criação da UFG em 1960. Contudo, decidiu junto ao grupo incorporar a escola à UFG como uma das oportunidades oferecidas pela universidade goiana. No mesmo ano da inauguração, Maria conta que havia conseguido um decreto para a integração do curso junto ao então presidente da república na época, Juscelino Kubitschek, no mesmo ano que Brasília foi inaugurada.
Depois da instituição, Maria foi professora do curso por 28 anos e dava aula de regência de corais. “[O Coral] Foi minha segunda vida, minha segunda família”, conta, emocionada. O grupo era composto não apenas por alunos da UFG, mas também por pessoas das mais variadas vivências. “Tínhamos feirantes como alguns dos nossos integrantes, por exemplo”
Aposentada desde 1983, aos 57 anos, Maria recebeu o título de Professora Emérita da UFG, uma honraria concedida a professores veteranos da universidade. Atualmente, Maria é viúva e mãe de 6 filhos junto ao marido e deixou um legado para a academia goiana. Em comemoração, a Associação dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato) prestigiou os 99 anos de história da professora em uma carta aberta. “A trajetória pessoal e profissional [de Maria] foi essencial para o papel da música e da educação superior no estado.”
Com informações da Adufg-Sindicato.
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