Produção industrial em Goiás apresenta baixo crescimento no mês
09 agosto 2019 às 11h51

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Fieg acredita que dados confirmam dificuldade para recuperação da economia, impactada pela baixa demanda interna e alta taxa de desemprego
A atividade industrial em Goiás apresentou pouca variação em junho, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal/Produção Física PIM-PF, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O crescimento foi apenas de 0,1%, em comparação ao mês anterior. Apesar disso, os números regionais se mantiveram melhores que os nacionais, cuja queda foi de 0,6% no sexto mês do ano.
Para a Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), estes dados confirmam a lenta recuperação da atividade econômica. “O comércio segue enfraquecido e a demanda doméstica fragilizada diante dos altos números do desemprego”, afirma o presidente da Fieg, Sandro Mabel.
No primeiro semestre de 2019, a atividade industrial se manteve positiva em Goiás, com variação de 2,1%. Sendo que boa parte desse resultado deveu-se à variação de maio. Em comparação com junho de 2018, a indústria goiana retraiu 2,2%, em consequência da baixa na fabricação de veículos e produtos alimentícios.
Já no acumulado dos últimos 12 meses, a produção industrial segue negativa (-2,4%), com forte impacto do comportamento da indústria de automóveis e fabricação de biocombustíveis. Nesse sentido, os resultados de Goiás são piores que os nacionais.
Para Sandro Mabel, as medidas adotadas recentemente pelo governo federal, como a retomada do ciclo de queda na taxa básica de juros (Selic) e a aprovação da Reforma da Previdência, podem ocasionar uma sutil melhora nos números para o próximo semestre.
Ainda de acordo com o presidente da Fieg, essas medidas podem reduzir a percepção de risco em relação às contas públicas, além de abrir caminho para que os juros caiam ainda mais nos próximos meses. Fato que, segundo ele, melhoraria a credibilidade no país.
E finaliza: “O governo federal tem feito a sua parte, agora esperamos que o Estado também adote medidas que fortaleçam a economia, com segurança jurídica às empresas, investimentos em infraestrutura e atrativos a novas indústrias”.