Processo de Palocci também envolve Lula, mas ele não é oficialmente indiciado
24 outubro 2016 às 17h17

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Polícia Federal afirmou que o ex-presidente seria o “amigo” listado em planilhas e e-mails da Odebrecht. Ex-ministro, por sua vez, seria o “italiano”
O indiciamento do ex-ministro da Casa Civil e da Fazenda Antonio Palocci (PT), formalizado nesta segunda-feira (24/10), também envolve o ex-presidente Lula (PT). Segundo os investigadores da Polícia Federal (PF), Lula é o “amigo” das planilhas e e-mails de executivos da Odebrecht. Em um documento da empreiteira, consta o pagamento de R$ 23 milhões ao tal “amigo”.
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Lula, no entanto, ainda não foi indiciado. No indiciamento, a PF afirma que as acusações contra ele têm “respaldo probatório e coerência investigativa”. O ex-presidente seria identificado ainda pelos apelidos “Amigo de EO” o que, para os investigadores, faria referência a Emílio Odebrecht, pai de Marcelo Odebrecht e patriarca do grupo.
Chamou a atenção dos policiais que, quando o apelido era usado em conversas com Marcelo, mudava para “Amigo do seu pai”. De acordo com o indiciamento apresentado pela PF, Palocci seria o “italiano” mencionado nos documentos.
Em nota, o advogado de Lula, Cristiano Zanin, chamou a denúncia de “achismo”. “A Lava Jato não apresentou qualquer prova que possa dar sustentação às acusações formuladas contra o ex-presidente Lula. São, por isso, sem exceção, acusações frívolas, típicas do lawfare. Na falta de provas, usa-se da ‘convicção’ e de achismos”.