A Alemanha e França estudam projetos semelhantes. Fora da Europa, o Equador, a Indonésia, a Micronésia, o Tajiquistão e o Turcomenistão já adotaram a obrigatoriedade vacinal

Viena | Foto: Reprodução

A partir de fevereiro, a Áustria tornará obrigatória a vacinação contra a Covid-19 para os maiores de 18 anos, sob pena de multas elevadas. Este será o primeiro país europeu a adotar a medida. A decisão foi tomada pelo chanceler austríaco, Karl Nehammer, e anunciada em entrevista coletiva neste domingo, 16.

O governo prevê “uma fase de adaptação” para que os não vacinados tenham a possibilidade de mudar de ideia até “meados de março”, explicou o conservador. Depois deste período, haverá fiscalização da aplicação da futura lei. Ele adiantou que os que não estiverem em dia, estarão em situação de “delito, passível de sanções” financeiras que variam de 600 a 3.600 euros (R$ 3.790 a R$ 22.750), nos casos de reincidência.

78,5% da população austríaca já recebeu pelo menos duas doses do imunizante, um índice considerado baixo para padrões europeus. Durante a semana, medidas para elevar o índice vacinal ocuparam o parlamento do país. No sábado, 15, protestos conta a obrigatoriedade vacinal reuniram 27 mil pessoas nas ruas de Viena, contando com o apoio da direita. Os partidos Social Democrata, Verde e Liberal apoiam a iniciativa de Nehammer.

O governo argumenta que a medida é necessária para combater a lotação dos hospitais e para o país chegar a 90% de imunização da população contra o coronavírus – índice a partir do qual a imunidade coletiva é atingida, conforme o conselho de especialistas que orientam o Executivo. Determinadas categorias profissionais, como as ligadas à saúde e com alto contato com o público, já estavam amplamente sujeitas à comprovação de imunização há mais tempo.

A Alemanha e França estudam projetos semelhantes. Fora da Europa, o Equador, a Indonésia, a Micronésia, o Tajiquistão e o Turcomenistão já adotaram a obrigatoriedade vacinal.