Prestes a ser sancionada, desobrigação do uso de máscaras em Aparecida preocupa infectologista
15 março 2022 às 14h24

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Ainda hoje Comitê Municipal de Prevenção e Enfrentamento à Covid-19 deve definir se a liberação também vale para ambientes fechados
A Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia aprovou, nesta terça-feira, 15, a liberação do uso de máscaras de proteção como medida de proteção ao Covid-19 em todo o município. O projeto revoga a Lei Municipal 3.558/2020, que obrigava o uso de máscaras no município. Ainda hoje, o Comitê Municipal de Prevenção e Enfrentamento à Covid-19 deve estender a discussão sobre a pauta para definir se a liberação também vale para ambientes fechados. Apesar da aprovação a desobrigação das máscaras só entra em vigor após sanção do prefeito Gustavo Mendanha (MDB).
Conforme indicadores divulgados pela Secretaria de Saúde de Aparecida (SMS), até a última sexta-feira, 11, foram aplicadas um total de 933.663 vacinas no município, sendo 372.139 aplicações de segunda dose ou dose única. “Com isso, 77,87% da população acima de 12 anos, estimada em 477.878 habitantes, já está vacinada com as duas doses ou dose única”, esclarece a nota.
De acordo com um estudo conduzido pelo Instituto Butantan em Serrana (SP), a pandemia deve ser controlada com 75% da população adulta vacinada contra a Covid-19. Por meio da nota, a Secretaria esclarece outros índices de vacinação, incluindo 436.389, 101.332 doses de reforço e a 23.803 doses aplicadas na campanha de vacinação infantil.
Para a infectologista Heloína Claret, no entanto, o momento ainda é precipitado para flexibilizações. “Em ambientes abertos, com pouca aglomeração, tudo bem, mas ainda assim é uma situação muito difícil de ser obedecida pela população”, comenta. Segundo a especialista, mesmo com leis que indicam o uso da máscara, as pessoas já buscam a flexibilização, então remover as leis é “pagar pra ver” em uma situação de alto risco. “Lugares fechados como transporte público, cinema, não me parece uma boa ideia. Acho que ainda não é a hora, vamos ver o que acontece nos próximos 30 dias”, complementa.