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Superintendente Andréia Alcântara afirmou, porém, que secretaria trabalha para melhorar atendimentos aos pacientes e confirmou autoria de relatório sobre UTIs

Andréia Alcântara, superintendente de regulação da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia | Foto: Reprodução

A superintendente de regulação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, Andréia Alcântara, se recusou, na manhã desta segunda-feira (26/3) a responder pergunta da Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Saúde da Câmara Municipal sobre a fila de pacientes que aguardam vagas em UTIs.

A vereadora Dra. Cristina Lopes (PSDB) perguntou à responsável pela regulação o que ela sente ao ver todos os dias notícias sobre pessoas aguardando vagas em Goiânia. “O problema das UTIs não é pontual de Goiânia. É no Brasil todo”, tentou argumentar a funcionária da prefeitura.

Dra. Cristina, por sua vez, a interrompeu de imediato. “Mas eu não estou perguntando sobre o Brasil todo. Não tente desviar da pergunta. A senhora, como gestora responsável, como se sente ao ver a realidade da Saúde em Goiânia?”, questionou.

“Não preciso emitir juízo de valor quanto ao meu sentimento. Tecnicamente, posso dizer que estamos trabalhando diuturnamente para melhorar o sistema, para prestar um serviço de excelência aos pacientes. Não tenho que falar aqui sobre meus sentimetos”, respondeu a superintendente.

“Não acho que é fazer juízo de valor expressar sentimento. Eu como vereadora e como integrante da CEI tenho muita vergonha e sinto muita dor ao ver o sofrimento das pessoas”, rebateu Dra. Cristina.

Relatório

Andréia Alcântara foi convocada a prestar depoimento na comissão para atestar ou não a veracidade da origem de um relatório encaminhado pela Secretaria de Saúde à CEI sobre a ocupação de leitos de UTI em Goiânia.

Segundo documento assinado pela superintendente, existem leitos desocupados na cidade, apesar de dezenas de pacientes estarem cadastrados no sistema a espera de vaga.

Aos vereadores, a chefe da regulação confirmou que assinou o documento e atestou a veracidade do relatório encaminhado à CEI. Em entrevista recente, a secretária de Saúde, Fátima Mrué, disse não ter conhecimento do documento.