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Decisão pode ser tomada antes de a Suprema Corte decidir sobre redistribuição dos processos da Operação Lava Jato

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, pode homologar os acordos de delação premiada dos executivos da Odebrecht já nesta terça-feira (31/1), antes do fim do recesso. Cármen também tem que decidir sobre como será o processo de escolha do novo relator da Operação Lava Jato.

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Durante a última semana, o STF realizou a oitiva dos delatores, que confirmaram ter prestado depoimento sem pressões e por vontade própria no Ministério Público Federal (MPF). Na última terça-feira (24), a presidente do STF deu autorização para que o gabinete do ministro Teori Zavascki, morto em acidente aéreo no último dia 19, prosseguisse com os trabalhos da Lava Jato.

Cármen pode homologar as decisões conforme previsão do regimento interno da STF, que diz que, em casos de gravidade e excepcionabilidade, a presidente pode tomar a responsabilidade para si. Segundo a Folha de São Paulo, Cármen passou o sábado (28) em seu gabinete, trabalhando no processo.

No total, 77 funcionários e ex-funcionários da empresa contaram o que sabem no processo e teriam implicado cerca de 120 políticos nas irregularidades investigadas pela operação. Antes do acidente que vitimou Teori, a expectativa era de que as delações seriam homologadas já no dia 1º de fevereiro. Com a morte do ex-ministro, muitos temiam que o processo fosse protelado.