Presidente do Novo em Goiás, Alano Queiroz tem causado certo constrangimento entre cooperados da Unimed ao insistir em fazer política partidária dentro da unidade. Com a proximidade das eleições na Unimed, esses movimentos de Alano causam dor de cabeça para a chapa da situação, que vê a rejeição aumentar entre os cooperados.

Em 2022, Alano Queiroz fez campanha para sua eleição a deputado federal enquanto era diretor da Unimed Goiânia, alcançando 5.055 votos (números inexpressivos). À época, Alano Queiroz era diretor do conselho técnico da Unimed, órgão de fiscalização do cooperado, e não pediu licença para concorrer à eleição partidária, recebendo quase R$ 50 mil reais mensais.

Alano Queiroz, inclusive, de acordo com interlocutores, não se intimida em receber e despachar com os partidários e pré-candidatos nas salas da diretoria da Unimed Goiânia. No comando do Novo, uma das metas de Alano Queiroz é montar uma chapa para vereador em Goiânia com nomes da medicina que atuam na Unimed.

O médico-ortopedista Alano Queiroz, membro do Conselho de Administração da Unimed, disse ao Jornal Opção na quinta-feira, 15, que as denúncias de que ele vem fazendo política partidária dentro das dependências da unidade não procedem. “Totalmente improcedente”, sustenta.

Alano Queiroz e seus amigos e aliados do Novo | Foto: Redes sociais

Alano Queiroz enfatiza que, por ser político, vez ou outra recebe visitas, mas sem o objetivo de tratar explicitamente de política.

“Amigos que são da política me ligam querendo conversar, e eu lhes falo que estou no meu local de trabalho, que é a Unimed. Às vezes, acontece de alguns passarem, e a gente ter uma conversa rápida, porém como amigos, o que é normal”, pontua Alano Queiroz. Ele ressalta que a Unimed é o seu local de trabalho e não de fazer política; no entanto, isso não o impede de receber os amigos, como se estivesse num escritório particular.

Alano Queiroz esclarece que o estatuto da Unimed não obriga um membro a deixar o cargo para se candidatar; pelo contrário, se houver uma licença, ele está sujeito a perder o cargo. “Um membro que optar por disputar uma eleição precisa cumprir os horários de trabalho normalmente, sob pena de perder o mandato. Inclusive, tive muitas dificuldades em relação a isso, mas consegui conciliar o trabalho de seis horas diárias com a campanha”, assegura.

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