A Câmara Municipal de Caldas Novas ainda não definiu a revogação da taxa de turismo aprovada no início do ano e já enviada pelo prefeito Kleber Marra para ser anulada. Em entrevista ao Jornal Opção, o presidente da Casa, vereador Saulo Inácio (MDB), afirmou que o projeto tramita desde o fim de junho, mas depende de articulação entre os parlamentares para chegar à votação em plenário, “mas deve ser votada nas proximas sessões.”

“O prefeito realmente mandou a lei para revogar. Ela chegou no final de junho, mas julho foi período de recesso e em agosto começamos a discussão. Para a revogação acontecer, precisamos de nove votos. Ainda não temos maioria porque existe um grupo favorável à manutenção da taxa e outro que defende o fim dela”, explicou.

Segundo o presidente, a indefinição ocorre porque empresários do setor turístico têm pressionado os vereadores para que a Câmara não vote a revogação de imediato. Eles temem que a decisão — seja favorável ou contrária — afete diretamente pacotes de férias já comercializados. “Alguns empresários têm nos ligado pedindo que não votemos agora”, relatou.

Saulo afirmou, no entanto, que acredita que a votação deve ocorrer nas próximas sessões. “Há vereadores pedindo que aceleremos o processo. Então, penso que em breve deve ser votado”, completou.

Sobre os estudos que apontam redução no fluxo de turistas em Caldas Novas, o presidente avaliou que a cobrança da taxa pode ter influenciado, mas não é o único fator. “Particularmente, sou contrário à taxa. Precisamos de mecanismos para impulsionar o turismo, como eventos e outras ações. Mas também acredito que o momento econômico do Brasil pesa muito no desempenho do setor. Não é só a taxa que explica a temporada abaixo do esperado”, afirmou.

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