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Em Goiás, Governo Estadual investe R$ 80 milhões para reparar rodovias. Levantamento da Confederação ainda mostra que o período chuvoso de 2020/2021 foi o mais afetado, com R$ 18,9 bilhões em prejuízos

Os prejuízos causados pela chuva ultrapassam a casa dos R$ 55 bilhões desde 2017, segundo levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Só este ano, o Estado de Goiás, por exemplo, já contabiliza gastos na ordem dos R$ 80 milhões apenas para reparo das estradas afetadas pelas tempestades deste ano, a exemplo da GO-118, cujo tráfego foi liberado para veículos pequenos no dia 6 de janeiro, depois de ser totalmente interditado na semana do Natal por conta de uma erosão no leito da rodovia.

De acordo com o estudo da CNM, que considera até o último dia 17, o período chuvoso de 2020/2021 foi o mais afetado, com R$ 18,9 bilhões em prejuízos, seguido do período 2021/2022, com mais de R$ 17,2 bilhões, e, em terceiro, o período 2018/2019, com R$ 8,2 bilhões. Em Goiás, devido às fortes chuvas, 14 municípios ficaram em situação de calamidade. A principal região atingida foi o Nordeste do estado. As cidades que ficaram em quadro de emergência foram: Colinas do Sul, Cavalcante, Monte Alegre de Goiás, Campos Belos, Divinópolis de Goiás, São Domingos, Iaciara, Formoso, Niquelândia, São João D’Aliança, Guarani, Flores de Goiás, Teresina de Goiás e Alto Paraíso. Flores, inclusive, teve o estado de calamidade reconhecido pelo Governo Federal na terça-feira, 18.

O levantamento da Confederação ainda contabilizou que, nos períodos chuvosos entre 2017 a 2022, os desastres decorrentes do excesso de chuvas levaram os municípios a 5.622 decretações de Situação de Emergência em todo Brasil. Diante do exposto, a entidade chama atenção, que antes do fim do período chuvoso de outubro de 2021 a 17 de janeiro de 2022, o número de declarações foi de 1.302, ultrapassando o recorde do período de 2017/2018, onde contabilizou 1.155 decretações.

O documento da CNM também aponta que, em seis anos, foram contabilizados que 637 pessoas perderam as vidas por causa dos desastres decorrentes das chuvas. O período sazonal das chuvas de 2018/2019, registrou 327 óbitos, 171,7 mil pessoas ficaram desabrigadas e 819,8 mil ficaram desalojadas. O período foi o mais problemático da história e deixou mais de 14,8 milhões de pessoas afetadas pelas chuvas. Durante fortes chuvas de dezembro de 2021, cerca de 400 famílias foram afetadas no município Cavalcante, em Goiás.

Gráfico mostra os prejuízos causados por excesso de chuva entre 2017 e 2022 | Foto: Reprodução/CNM