Prefeitura presta esclarecimentos sobre suposto superfaturamento em contratos de fotossensores
08 abril 2015 às 18h48
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Segundo vereador Djalma Araújo, secretário municipal de Administração teria se esquivado das acusações e jogado a responsabilidade para a SMT
O secretário municipal de Administração, Valdi Carmácio, e o procurador-geral do Município, Carlos de Freitas, foram ouvidos, na manhã desta quarta-feira (8/4), durante sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara de Goiânia. Os dois foram convidados para explicar supostas irregularidades e denúncias de superfaturamento em relação a um contrato firmado entre a prefeitura e a empresa Trana Construções, responsável pela prestação de serviços ligados aos fotossensores.
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Segundo o vereador Djalma Araújo (SDD), autor das denúncias, durante a sessão da CCJ, o secretário teria se esquivado das acusações e jogado a responsabilidade para a Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade (SMT). Agora, os vereadores esperam ouvir representantes da pasta e também da empresa Trana Construções.
Em entrevista ao Jornal Opção Online, Djalma afirmou que o contrato com a empresa teria sido superfaturado em quase 300%, conforme os parâmetros de preços estipulados pela Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop).
Conforme dois documentos entregues pelo vereador, a gestão de Paulo Garcia (PT) possui contrato com a Trana Construções desde 2010. A empresa fornece serviço técnico especializado de instalação, implantação, operação e manutenção de equipamento de fiscalização de trânsito em Goiânia.
Em um dos contratos, consta que o projeto possui quatro aditivos, totalizando R$ 33,8 milhões em pagamentos até fevereiro deste ano. O primeiro pagamento data de outubro de 2010. A data de fim do último aditivo é maio deste ano. “Entendo que há sobrepreço no contrato. Vários aditivos foram feitos. Pelo tempo que ela já está atuando, dava tempo para ter feito uma licitação”, explicou o vereador.
Além disso, Djalma colocou em descrédito o contrato firmado pela administração municipal ao alegar que o processo licitatório teria favorecido a Trana em detrimento de outras empresas. “Uma outra empresa ganhou a licitação, mas a Trana que foi classificada. Então, é claro que houve um articulação política neste sentido”, sustentou.
Durante entrevista, o vereador Djalma Araújo adiantou também que irá propor a instauração de uma Comissão Especial de Inquérito para investigar supostas irregularidades em diversos contratos firmados pela prefeitura.