Prefeitura prepara ‘decretão’ para regularizar trabalhadores sem permissão na Feira Hippie

25 janeiro 2024 às 18h15

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A Prefeitura de Goiânia deve publicar, até o final de fevereiro, um “decretão” com o intuito de regularizar demandas ainda pendentes da Feira Hippie, na capital. O objetivo seria, principalmente, regularizar feirantes que estão há muito tempo na feira, mas atuando de forma irregular, e a alocação de ambulantes em outro espaço para a liberação de vagas para os trabalhadores cadastrados.
Ao Jornal Opção, o titular da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Economia Criativa (Sedec), Geverson Abel, afirmou que uma das principais dificuldades nas gestões anteriores na questão da Feira Hippie era a falta de mecanismos legais para trabalhar na situação dos que estão irregulares no local.
“Existia uma situação de pessoas que estão ali, que às vezes não geram renda para a cidade porque não estão cadastrados [junto à Prefeitura], algumas pessoas que estão em lugares que não são devidos, porque alguém faleceu e ele assumiu a banca. Então, a Sedec agora está fazendo um trabalho de fiscalização para saber quem, de fato, tem direito às bancas”, revelou.

Segundo o secretário, aquele que não tem direito, de certa forma, à banca fiscalizada, terá uma chance de ter sua atuação regularizada pela Sedec. “Muitos estão ali há quase 10 anos, não têm direito de estarem naquele lugar, mas acabam que adquiriram pelo tempo”, completou.
Outro perfil que deve ser tratado no decreto é o do montador. De acordo com Geverson, até então esse trabalhador era “invisível perante os olhos da Lei da Prefeitura” e, a partir dessas mudanças, ele passará a ser cadastrado junto à Prefeitura de Goiânia e poderá ser escolhido pelos feirantes para atuar nas barracas que quiser.
Ainda conforme Geverson, os ambulantes da região deverão, finalmente, ser remanejados sem a necessidade de remoção completa do local da feira.
“Existe um espaço, inclusive, na Feira Hippie que a gente vai conseguir acoplar uma parte grande deles. Mas a gente percebe que muitos daqueles que estão ali são os próprios lojistas que, com a retirada dos ambulantes, também vão sair. É minoria que é ambulante. A maioria já faz parte da Feira Hippie”, arrematou.
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