Ao menos 26 pacientes que necessitam de atendimentos de saúde na modalidade home care podem ficar sem atendimento a partir de segunda-feira, 21, em Goiânia. A prefeitura da capital foi notificada sobre a suspensão dos atendimentos nesta sexta-feira, 18, pela empresa Transmédica UTI Móvel e Assistência Médica LTDA, que alegou falta de repasse por parte da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). 

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Segundo a diretora geral da empresa, Wilkerleia Aline Souza, a gestão municipal não realiza o repasse a prestadora de serviços desde junho deste ano. A dívida acumulada ao longo de cinco meses ultrapassa R$ 3 milhões. 

“Os pacientes precisam do atendimento para sobreviver, são pacientes com ventilação mecânica, dependentes de oxigenoterapia. Para continuar com esses atendimentos, precisamos do repasse. Vamos paralisar de forma geral em 48h horas”, afirmou.  

Wilkerleia diz que a empresa parou de receber novos pacientes devido à falta de insumos – um reflexo da falta de verba paga pela Prefeitura de Goiânia. Segundo ela, nesta semana foram recebidos três novos pacientes. Porém, apenas dois receberam atendimento. 

A diretora afirmou ainda que desde o primeiro mês de atraso vêm recebendo promessas de pagamento por parte da SMS e da própria Secretaria Municipal de Finanças de Goiânia. Entretanto, a situação não foi regularizada.

“Desde 2021 temos contrato com a prefeitura. Em setembro do ano passado fizemos uma notificação porque o atraso dos repasses já ultrapassa em mais de 260 dias. Eles conseguiram regularizar e não chegamos a parar”, concluiu.

O Jornal Opção entrou em contato com a SMS para que se posicionasse e aguarda retorno.

Prefeitura foi notificada por empresa | Foto: arquivo pessoal/Wilkerleia Aline Souza