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Profissionais tiveram contratos suspensos em meio à pandemia do novo coronavírus

A polêmica envolvendo a suspensão dos contratos de professores temporários pela Prefeitura de Goiânia durante o período de suspensão das aulas, adotado por conta da pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2), movimentou a Câmara de Goiânia no último mês. Mas, nesta segunda-feira, 1º, o prefeito Iris Rezende (MDB) sinalizou uma saída pacífica para o imbróglio.

A discussão no Legislativo municipal começou desde o dia em que o decreto foi publicado, no dia 13 de abril, com uma pressão forte das vereadoras Sabrina Garcêz (PSD), Priscilla Tejota (PSD) e Tatiana Lemos (PC do B), que se juntaram e apresentaram um decreto para a revogação da medida.

A movimentação ganhou coro entre os profissionais afetados e à comunidade, principalmente pelas redes sociais. Segundo Sabrina, com essa pressão, vereadores de oposição, independentes e da base do prefeito começaram a se movimentar. No entanto, a avaliação do Paço, orientado pela Procuradoria, era de que não seria legal manter os contratos.

Entre várias discussões sobre saídas para o imbróglio, o Plenário da Câmara derrubou a proposta das parlamentares. Na ocasião, em meio a protestos e troca de acusações, o líder do prefeito Wellington Peixoto (DEM) sinalizou que a prefeitura buscava uma forma de resolver o impasse dentro da legalidade.

Luz no fim do túnel

A saída foi anunciada pelo próprio prefeito que informou, em visita à Casa, estar finalizando uma proposta de auxílio para esses trabalhadores. De acordo com a vereadora Sabrina, a ideia do Paço é chegar a um valor médio das remunerações desses profissionais, que gira em torno de R$ 1.200,00 e R$ 2.300,00 para estabelecer o valor da ajuda que deve perdurar enquanto os contratos estiverem suspensos.

“O prefeito refletiu sobre isso e prevaleceu o bom senso em relação à situação”, observou a vereadora. No entanto, para ela essa saída não é satisfatória, pois acredita que o ideal seria o retorno desses contratos.

Ela aponta a situação do Residencial Niso Prego, uma espécie de abrigo municipal que estaria sofrendo com a falta de profissionais. “O antigo orfanato funciona 24h e foi afetado com a suspensão de contratos e também com o não pagamento das dobras aos efetivos”, pondera Garcêz.