Prefeito que criou 130 cargos comissionados após eleição tem bens bloqueados
07 dezembro 2015 às 10h19

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Investigações do MPGO apontam que o prefeito, conhecido como Ninha, instituiu pelo menos seis vagas de chefias sem a realização de concurso públicos na cidade

O prefeito de Campos Belos, Aurolino José dos Santos Ninha (PSDB), conhecido como Ninha, teve seus seus bens móveis e imóveis indisponíveis pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), na última semana. A decisão teve como base ação da Justiça que apontou atos de improbidade administrativa cometidos pelo tucano. A liminar foi deferida durante a realização do Programa Justiça Ativa na cidade.
Segundo os autos, após sua eleição em, 2012, ele aprovou lei criando 130 cargos comissionados na Prefeitura de Campos Belos. Entre os quais os de chefe de seção de esquadrias, de divisão de pré-moldados e de alimentação, de seção de biblioteca, telefônica, parques e jardins e outros. “Não obstante os nomes pomposos, na realidade são cargos técnicos e que exigem a realização de concurso público para serem providos”, avisou a promotoria.
De acordo com os inquéritos civis públicos instaurados o prefeito pretendeu fraudar a realização de concurso e atender pedidos de emprego de apoiadores políticos. Um exemplo citado pelo MPGO é o do servidor Durval de Castro, nomeado para o cargo de chefe da Seção de Parques e Jardins. Ele trabalhava, de fato, como guarda escolar.
Já a servidora Marinei Serafim dos Reis, no período de dois anos, foi nomeada chefe da Seção de Arquivo, chefe de Seção de Fotocópias e Arquivos e chefe da Seção de Alimentação. Porém, desde o início, atuou como faxineira.
Outro caso é o de Ana Kelly informou, que trabalhava como faxineira e atendente no Detran, mesmo tendo sido nomeada como chefe de Seção Telefônica e, posteriormente, chefe de Seção de Controle do Patrimônio.